Polícia

Enteado esfaqueia e mata padrasto por causa de som alto

Proprietário do imóvel relatou aos policiais militares que chegou a ver autor do crime com faca na mão e que, na fuga, ele pulou muro dos fundos

Uma discussão entre enteado e padrasto terminou em morte na noite de terça-feira, 12. O crime ocorreu na Avenida Eldorado, bairro 13 de Setembro, por volta das 19h, e o motivo teria sido música alta numa caixa de som. A vítima foi identificada como Fredson Morais da Silva, de 24 anos. O autor do homicídio, de 23, conseguiu fugir.

Segundo a companheira da vítima e mãe do autor da facada, tanto Fredson quanto o enteado estavam consumindo bebida alcoólica embaixo de uma mangueira, uma vez que moravam de favor no quintal de uma residência havia aproximadamente três semanas. Em determinado momento, Fredson pediu que sua mulher fosse buscar água numa casa próxima, mas em seguida fez um novo pedido e dessa vez quis que a mulher apenas pegasse água da torneira.

Enquanto a companheira estava distante, ouviu a vítima dizer que quebraria a caixa de som, caso o enteado não baixasse o volume e, logo em seguida, ouviu Fredson gritar que o rapaz o teria furado com uma faca. Ela contou que ainda viu a vítima caindo, mas não encontrou o filho.

O proprietário do imóvel relatou aos policiais militares que chegou a ver o autor do crime com a faca na mão e que, na fuga, ele pulou o muro dos fundos. A equipe policial encontrou a vítima no chão, já desfalecida. Socorristas do Samu chegaram ao endereço , mas Fredson acabou morrendo no local. Foi constatada uma perfuração no lado esquerdo do abdômen. A vítima estava sem pulso, sem respiração, com muito sangue ao redor do corpo e mesmo com as tentativas de ressuscitá-la, não tiveram êxito.

A companheira da vítima ressaltou que não teve participação alguma no crime, mas mesmo assim foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos à autoridade policial. Os militares fizeram buscas nas imediações, mas não conseguiram localizar o suspeito. Ao fim do trabalho da perícia, o corpo foi removido pelo rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML).

Na manhã de ontem, 13, a companheira da vítima tentou liberar o corpo, mas não tinha qualquer documento que comprovasse a união dos dois. Servidores do IML pediram que a mulher comunicasse os parentes de Fredson para comparecerem ao órgão a fim de dar prosseguimento no processo de liberação do cadáver.