O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante declaração à imprensa por ocasião de sua visita ao Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Venezuela do ditador Nicolás Maduro enviou 46 toneladas de ajuda humanitária a Cuba e Jamaica, países do Caribe atingidos pelo furacão Melissa, o pior do Oceano Atlântico em quase 100 anos. As remessas chegaram nessa quinta-feira (30).

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A maior carga foi enviada à ilha cubana, que recebeu 26 toneladas e suprimentos médicos, alimentos e equipamentos de infraestrutura, após registrar um rastro de destruição pela passagem de ventos de mais de 300 quilômetros por hora.

Ajuda humanitária da Venezuela chega a Santiago de Cuba no Sudeste da ilha (Foto: Divulgação)

“Viemos a Cuba para estender a mão ao querido povo cubano, que enfrenta os desafios causados ​​pelos recentes eventos climáticos”, declarou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, durante chegada a Santiago de Cuba, no Sudeste do País.

Para a ilha jamaicana, onde 19 pessoas morreram, a ditadura venezuelana enviou mais de 20 toneladas de recursos como medicamentos, alimentos, água potável e equipamentos de emergência.

Ajuda humanitária da Venezuela chega a Kingston, capital da Jamaica (Foto: Divulgação)

“Isto demonstra, mais uma vez, através de ações concretas, a nossa solidariedade com as nossas nações irmãs na região das Caraíbas”, enfatizou o vice-ministro das Relações Exteriores para o Caribe, Raúl Li Causi após a chegada da ajuda à capital jamaicana Kingston.

Fome na Venezuela

O envio da ajuda ocorre em um momento em que a Venezuela soma, desde 2014, quase 7,9 milhões de pessoas que deixaram o País por causa da crise política e econômica, segundo a ACNUR (Agência para Refugiados da ONU), sendo mais de 1 milhão para o Brasil.

Porta de entrada de migrantes e refugiados no País, Roraima sofre com a pressão da onda migratória sobre os serviços públicos como educação e saúde, e passou a registrar pedidos de ajuda em semáforos e mais pessoas vivendo em situação de rua – apesar dos abrigos da Operação Acolhida.

De acordo com o Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, atualmente, 40% dos 29,4 milhões de venezuelanos sofrem de insegurança alimentar moderada a grave, sendo quatro milhões que precisam urgentemente de ajuda para comer.

Em 2019, inclusive, o ditador Maduro chegou a impedir que a oposição venezuelana entrasse no País com ajuda humanitária oriunda da Colômbia e do Brasil.