O presidente estadunidense Donald Trump não vai aceitar a instalação de uma base militar do Irã na Venezuela, informou o secretário de Estado americano Marco Rubio. A declaração foi feita nessa quarta-feira (13).
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Desde o governo de Hugo Chávez, a Venezuela tem reforçado a cooperação militar com o Irã. O País asiático, inclusive, tem uma fábrica de drones na maior base aérea venezuelana, a El Libertador. Esses mesmos equipamentos são usados pela Rússia na guerra contra a Ucrânia e por terroristas do Oriente Médio.
“O presidente Trump nunca aceitará que o Irã tenha uma base operacional em nosso hemisfério, na Venezuela ou em qualquer outro lugar”, disse Rubio em entrevista à emissora televisiva americana Fox News.
O assunto veio à tona após Rubio ser questionado sobre o futuro de María Corina Machado, líder da oposição à ditadura de Nicolás Maduro. “Ela é uma das poucas, de todas as grandes figuras da resistência venezuelana, da oposição, ela é a única que resta. Eu sei que é difícil morar lá. Estou ciente da ameaça que enfrentam todos os dias”, pontuou.
O secretário ainda lembrou do episódio da invasão de um navio do País às águas guianenses, e acusou a ditadura venezuelana de ser um “regime de tráfico de drogas” e de ser responsável pela escalada de violência em várias cidades dos Estados Unidos, por não aceitar de volta 200 membros da Tren de Aragua. A facção venezuelana foi colocada pelo País na mesma lista de grupos terroristas que inclui o Estado Islâmico.
“Eles aceitaram dois voos, menos de 200 membros de gangues, e agora estão se recusando a fazer mais. Isso é inaceitável. E então há consequências. É por isso que o presidente cancelou uma concessão que Joe Biden estupidamente lhe deu, ele lhe deu milhões, bilhões de dólares em receita para esse regime. E temos outras opções para continuar punindo esse regime”, declarou.
Questionado sobre as fraudes nas eleições venezuelanas, Marco Rubio diz acreditar que o Irã e os “narcocartéis” estão por trás da continuidade do regime de Maduro. “Acredito que o futuro da Venezuela está nas mãos do povo venezuelano, e essa solução é uma eleição legítima, democrática e observada, tudo o que não aconteceu”, lamentou.
