O presidente estadunidense Donald Trump a bordo do Air Force One
O presidente estadunidense Donald Trump a bordo do Air Force One (Foto: Reprodução)

O presidente estadunidense Donald Trump afirmou, nessa sexta-feira (14), que já tem uma decisão sobre o que fazer na Venezuela do ditador Nicolás Maduro. A declaração à imprensa, a bordo do avião presidencial norte-americano, ocorre em um momento em que os Estados Unidos ampliam a pressão sobre o País sul-americano.

“Eu meio que já tinha me decidido. Mas não posso dizer o que seria [a decisão]”, declarou. “Fizemos muitos progressos com a Venezuela em termos de impedir a entrada de drogas”.

Nesta semana, o Governo Trump anunciou a operação militar Lança do Sul no Caribe. Apesar da motivação de combater o narcotráfico, ações como essas são interpretadas pela ditadura de Maduro como uma ameaça à soberania venezuelana.

Desde julho, os Estados Unidos enviaram para o Caribe mais de 15 mil militares, ao menos 12 navios de guerra – incluindo o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford -, um submarino de propulsão nuclear e dez caças F-35. A incursão militar norte-americana no mar caribenho já destruiu ao menos 20 embarcações e deixou 76 mortos supostamente ligados ao narcotráfico

O País de Trump, inclusive, já autorizou operações secretas da CIA (Agência Central de Inteligência) na Venezuela, e não descartou a possibilidade de ataques terrestres contra o narcotráfico no País sul-americano.

Os Estados Unidos, publicamente, tem negado que Maduro seja um alvo direto, apesar de considerar o ditador como chefe do Cartel de Los Soles, responsável por enviar drogas para o território estadunidense.

Maduro convoca igrejas a orar pela paz

O ditador Nicolás Maduro recebe líderes religiosos venezuelanos no Palácio Miraflores (Foto: Divulgação)

Antes da declaração de Trump, o ditador Maduro recebeu, no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano, líderes religiosos locais para um “Encontro de Oração pela Paz na Venezuela”.

“A todas as igrejas cristãs dos Estados Unidos, da Venezuela, enviamos uma única mensagem: unamo-nos em Cristo e pela paz. Não à guerra, porque a paz deve ser para toda a América”, disse, que desde o início da tensão, tem buscado preparar o seu Exército de militares e milicianos em caso de precisar defender a soberania do País.

Já em um encontro com juristas venezuelanos, Maduro disse ser “necessário conscientizar os americanos “que não querem guerra no mundo e muito menos na América Latina” para pressionar Trump contra um possível conflito.

“Apelo ao povo dos Estados Unidos para que impeça aqueles que pretendem travar uma guerra armada contra o Caribe e causar tragédias em toda a América Latina. Não à guerra”, enfatizou o ditador.