PAÍS VIZINHO

Presos não devem votar na eleição para presidência da Guiana

País vizinho tem ao menos quatro potenciais candidatos à presidência, incluindo o presidente Irfaan Ali. Pleito será em setembro

Presos não devem votar na eleição para presidência da Guiana Presos não devem votar na eleição para presidência da Guiana Presos não devem votar na eleição para presidência da Guiana Presos não devem votar na eleição para presidência da Guiana
Prisioneiros na Guiana (Foto: IN News Guyana)
Prisioneiros na Guiana (Foto: IN News Guyana)

Apesar da própria constituição permitir o voto de presos, a Guiana não deve ter a participação de detentos nas eleições presidenciais de 1º de setembro de 2025 por dificuldades logísticas.

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A informação é do comissário Sase Gunraj, da Comissão Eleitoral (Gecom). A um podcast, ele reconheceu a inviabilidade de realizar o pleito dentro das prisões.

“Não existe uma estrutura facilitadora como há para os serviços disciplinados”, disse. “Só podemos trabalhar com o que a lei nos dá.”

Assim, mais de dois mil presos não irão votar para presidente. A lei que rege o sistema eleitoral guianense não especifica a organização do voto dos detentos, o que trava qualquer ação da comissão eleitoral sem que o Parlamento intervenha.

Gunraj lembrou que desde 2020, observadores internacionais como o Carter Center recomendaram que a Guiana crie mecanismos para garantir o voto dos presos.

Ainda assim, o País não aprovou nenhuma reforma legal. “Estamos sempre do lado da emancipação, mas não podemos agir além dos nossos limites legais”, afirmou.

Por outro lado, a Guiana proíbe a votação de condenados por crimes eleitorais.

Eleição em 2025

Até o momento, quatro se apresentam como candidatos:

  • Irfaan Ali, do partido PPP/C, atual presidente que busca a reeleição;
  • Aubrey Norton (PNC/R), líder da oposição que lidera a maior bancada alternativa;
  • Nigel Hughes (AFC), da ala moderada da oposição; e
  • Azruddin Mohamed (independente), empresário sancionado pelos Estados Unidos.

Na Guiana, a eleição é indireta. O sistema eleitoral é parlamentarista com voto de lista: o partido que conquistar maioria simples no Parlamento indica automaticamente o presidente, que é o cabeça da lista.

Ou seja, ao votar para o Legislativo, o eleitor define indiretamente quem governará o País pelos próximos cinco anos.

Em 2020, Irfaan Ali venceu após uma apuração conturbada, que se arrastou por meses. Agora, com o País sob forte tensão externa por causa da crise de Essequibo com a Venezuela, a disputa promete ser ainda mais acirrada.

Perfil Lucas Luckezie
Lucas Luckezie

Jornalista

Formado pela UFRR. Iniciou a carreira em 2013 na Folha, onde está em sua 2ª passagem. Já trabalhou na Câmara de Boa Vista e na afiliada da TV Globo (Rede Amazônica), além de ter colaborado com SporTV, Globo e CNN Brasil. Tem experiência multimídia como repórter, apresentador, editor-chefe e assessor.

Formado pela UFRR. Iniciou a carreira em 2013 na Folha, onde está em sua 2ª passagem. Já trabalhou na Câmara de Boa Vista e na afiliada da TV Globo (Rede Amazônica), além de ter colaborado com SporTV, Globo e CNN Brasil. Tem experiência multimídia como repórter, apresentador, editor-chefe e assessor.

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