
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez Gómez, marcou uma sessão para esta segunda-feira (1º) para aprovar uma comissão que irá investigar assassinatos de venezuelanos, ordenados pelos Estados Unidos, no mar do Caribe.
Nesse domingo (30), ele revelou que se reuniu com familiares das vítimas que teriam sido executadas extrajudicialmente em ações militares “claramente ilegítimas” e ilegais” do Governo Trump.
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Segundo o parlamentar, familiares dessas pessoas receberam ameaças de setores e indivíduos que buscam impedir que os episódios sejam esclarecidos. Os Estados Unidos justificam as ações para barrar o envio de drogas para o solo norte-americano.
“Temos estudado algumas reflexões, algumas análises de que fazem a partir dos Estados Unidos, pessoas que são experientes em assuntos militares e em Direito Internacional, que se essa situação culminará em contexto de guerra, estaríamos falando em crimes de guerra”, avaliou.
No mesmo dia, Donald Trump prometeu investigar uma suposta ordem do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, para matar todos os passageiros de embarcações. Na mesma ocasião, o presidente estadunidense confirmou ter conversado com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, mas não detalhou o diálogo.
Desde setembro, os Estados Unidos eliminaram quase 20 embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico na América Latina. As ações resultaram em 83 mortes. Até agora, o País não revelou detalhes de cada ataque, como a identidade dos alvos.
As ações militares ocorrem em meio à pressão do Governo Trump sobre o regime de Nicolás Maduro, acusado de chefiar o Cartel de Los Soles, supostamente responsável por enviar drogas para os Estados Unidos. O País, inclusive, lançou uma recompensa de 50 milhões de dólares pela captura do ditador.