Uma patrulha de segurança da Guiana foi alvo de ataque a tiros que partiram da margem da Venezuela, na região do rio Alto Cuyuni, na fronteira entre os países. O incidente desse domingo (31) ocorreu enquanto a equipe escoltava urnas com cédulas impressas para locais de votação de difícil acesso do pleito presidencial desta segunda-feira (1º).
Segundo comunicado oficial, a equipe reunia membros do alto escalão da Força de Defesa da Guiana – o Exército do País – e da Força Policial da Guiana – correspondente a uma Polícia Militar. Apesar dos disparos, ninguém ficou ferido e o material eleitoral não foi danificado.
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No entanto, a patrulha revidou o fogo, conseguindo manobrar e garantir a segurança da equipe, que ainda incluía nove funcionários da Gecom (Comissão Eleitoral da Guiana). Assim, a distribuição de todas as urnas foi completada sem mais incidentes em Cumang Landing, Kurutuku, Dukquarie Landing e Tumbung, no Centro-Oeste do País.
O comunicado oficial, que não menciona se os autores dos disparos foram feridos ou mortos, garantiu que uma investigação já está em andamento para apurar os detalhes do ataque.
A Venezuela não comentou sobre o assunto. No entanto, nesse domingo, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, declarou que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), no âmbito de operações contra o narcotráfico, estão em alerta contra “máfias” da Guiana na fronteira.
Eleição em 2025
Os principais candidatos à presidência da Guiana são:
- Irfaan Ali, do partido PPP/C, atual presidente que busca a reeleição;
- Aubrey Norton (PNC/R), líder da oposição que lidera a maior bancada alternativa;
Na Guiana, a eleição é indireta. O sistema eleitoral é parlamentarista com voto de lista: o partido que conquistar maioria simples no Parlamento indica automaticamente o presidente, que é o cabeça da lista.
Ou seja, ao votar para o Legislativo, o eleitor define indiretamente quem governará o País pelos próximos cinco anos.
Dos desafios do próximo líder da nação, estão o alto boom do petróleo e as ameaças do ditador Nicolás Maduro em anexar Essequibo, área que representa 74% do País.
Ao todo, 757.690 eleitores estão aptos a votar. O anúncio do resultado está previsto para a manhã de quinta-feira (4).