TENSÃO NA AMÉRICA LATINA

Maduro alista 8,2 mi de milicianos e diz que EUA apontam mísseis à Venezuela

Ditador venezuelano confirma que existem oito navios de guerra com mais de 1,2 mil mísseis apontados para o País

Maduro alista 8,2 mi de milicianos e diz que EUA apontam mísseis à Venezuela

O ditador Nicolás Maduro disse que alistou 8,2 milhões de milicianos, 40% da população, para defender a Venezuela de eventuais ataques dos Estados Unidos. O anúncio foi feito durante rara entrevista coletiva nesta segunda-feira (1º), em Caracas.

Assim, o líder venezuelano anunciou para essa terça-feira (2) um programa de treinamento em massa desse grupo. Segundo ele, cada integrante da Milícia Bolivariana terá uma função específica, citando exemplos como jornalistas “para divulgar a verdade sobre a Venezuela”, médicos, professores e agricultores.

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A Venezuela denuncia a concentração de tropas norte-americanas próximas de sua costa, incluindo oito navios de guerra com mais de 1,2 mil mísseis apontados para o País, um submarino nuclear, além de 4,2 mil soldados “preparados para invadir” o território venezuelano. Os Estados Unidos dizem querer combater o narcotráfico.

“É uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa e sangrenta”, classificou o ditador.

Maduro disse que sua nação enfrenta a “maior ameaça continental em um século” e garantiu que, se a Venezuela for agredida, o País se declarará “em armas” e entraria em um período de luta armada.

O ditador atribui ao secretário de Estado norte-americano Marco Rubio a liderança da política intervencionista e a ação de tentar “manchar o sobrenome Trump com sangue”. Maduro elogiou o presidente estadunidense como “um homem inteligente”.

Celac

A Venezuela também denunciou o caso à Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), bloco regional que reúne todos os 33 países da América Latina, incluindo o Brasil, e do Caribe.

O ministro das Relações Exteriores do País, Yván Gil, declarou que os Estados Unidos violam acordos internacionais que declaram o Caribe como zona de paz e proíbem o uso de armas nucleares na região.

“Estamos vivendo uma situação sem precedentes. Não vivíamos algo assim desde a crise dos mísseis de 1960, quando a paz regional foi significativamente ameaçada”, afirmou Gil, que garante que a Venezuela mantém “luta ativa contra o narcotráfico” e, portanto, exige que o Governo Trump retire as tropas. e que o país foi declarado livre de cultivos ilícitos.

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