Pela segunda vez, os Estados Unidos dobraram a oferta a quem ajudar o País a capturar o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Agora, o Governo Trump oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares, o equivalente a R$ 272 milhões.
A oferta na moeda estadunidense é o dobro da anunciada pela captura de Osama Bin Laden, morto em 2011, durante o Governo Obama. Na época, ninguém recebeu os 25 milhões de dólares por ajudar a matar o terrorista.
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Durante anúncio na noite dessa quinta-feira (7), a procuradora-geral estadunidense Pamela Bondi destacou que Maduro “é um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à nossa segurança nacional”.
Segundo ela, o líder venezuelano usa organizações terroristas estrangeiras como TDA, Sinaloa e Cartel de Los Soles – do qual o País acusa o ditador de ser o líder – para levar “drogas mortais” e violência para os Estados Unidos.
“Sob a liderança do presidente Trump, Maduro não escapará da justiça e será responsabilizado por seus crimes desprezíveis”, disse Pamela.
Segundo a procuradora-geral, a DEA, a agência norte-americana de combate às drogas – a mesma que ajudou a capturar o colombiano Pablo Escobar – apreendeu 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus associados, sendo quase sete ligadas ao próprio ditador.
Para ela, isso é “uma fonte primária de renda para os cartéis mortais baseados na Venezuela e no México”.
Ademais, Pamela afirmou que o Departamento de Justiça norte-americano também apreendeu mais de 700 milhões de dólares em bens ligados a Maduro, incluindo dois jatos particulares e nove veículos, mas ainda assim, “o reinado de terror de Maduro continua”.
‘Recompensa patética’, diz ministro de Maduro
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil Pinto, chamou de “patética” a recompensa estadunidense por seu chefe na Venezuela.
“É a cortina de fumaça mais ridícula que já vimos. Enquanto nós desmantelamos as tramas terroristas que são orquestradas a partir do seu país, esta senhora surge com um circo midiático para agradar a ultradireita derrotada da Venezuela”, declarou.
Além disso, Pinto ainda ironizou o fato da procuradora-geral ter prometido uma “lista secreta inexistente” de Jeffrey Edward Epstein, condenado por abuso sexual de crianças, que no passado foi amigo do presidente Donald Trump.
“O seu show é uma piada, uma desesperada distração de suas próprias misérias. A dignidade da nossa pátria não está à venda. Repudiamos esta grosseira operação de propaganda política”, finalizou.