O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, acusou os Estados Unidos de desejarem uma guerra na América Latina para proporcionar uma “mudança de regime” que permita roubar a “incalculável” riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
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Gil representou a Venezuela na ONU enquanto o ditador venezuelano Nicolás Maduro é caçado pelo País de Donald Trump, que anunciou uma recompensa de 50 milhões de dólares, o equivalente a R$ 266,5 milhões, pela captura do líder.
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O discurso também acontece enquanto Washington mantém oito navios de guerra próximo à costa venezuelana, sob a alegação de combater o narcotráfico, o que já resultou na destruição de embarcações e na morte de 14 pessoas.
“Como a Venezuela não pode ser acusada de ter armas de destruição em massa ou armas nucleares, hoje inventam vulgares e perversas mentiras que ninguém acredita – nem nos Estados Unidos, nem no mundo – para justificar uma milionária ameaça militar, atroz, extravagante e imoral”, declarou em discurso na noite dessa sexta-feira (26), na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Como resposta às ameaças, Maduro alistou 8,2 milhões de milicianos para defender o território em caso de invasão. Assim, Gil Pinto defendeu o direito do País de se proteger e de “defender a paz do Caribe e de toda a América do Sul”, e disse que a Venezuela “não será jamais uma ameaça para nação alguma”.
O chanceler também agradeceu o apoio de blocos como Celac, Brics e Movimento dos Não Alinhados, que condenaram as ações dos Estados Unidos e manifestaram solidariedade ao governo venezuelano.