EM NOVA YORK

Em discurso na ONU, Lula critica EUA com indiretas sobre incursão militar contra o narcotráfico no Caribe

Sem citar nomes, presidente fez referência a decisões do Governo Trump que designaram gangues como organizações terroristas para justificar a incursão militar

O presidente Lula durante o discurso na Assembleia Geral da ONU
O presidente Lula durante o discurso na Assembleia Geral da ONU (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Lula (PT) criticou indiretamente, nesta terça-feira (23), durante discurso na Assembleia Geral da ONU em Nova York, a decisão dos Estados Unidos de enviar navios de guerra para o mar do Caribe para combater o narcotráfico na região.

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Sem citar nomes, Lula fez referência a decisões recentes do Governo Trump que designaram gangues e cartéis como organizações terroristas para justificar a incursão militar. Uma delas foi a gangue venezuelana Tren de Aragua.

“É preocupante a equiparação entre a criminalidade e o terrorismo”, afirmou, em tom de alerta sobre o impacto dessas medidas na região.

O presidente brasileiro defendeu que a resposta ao tráfico de drogas deve ser articulada entre os países, com foco na inteligência financeira.

“A forma mais eficaz de combater o tráfico de drogas é a cooperação para reprimir a lavagem de dinheiro e limitar o comércio de armas”, disse.

Lula condenou ações militares unilaterais e afirmou que usar força letal em situações sem conflitos armados “equivale a executar pessoas sem julgamento. Ademais, alertou que intervenções sem coordenação internacional podem agravar crises humanitárias.

Por fim, o presidente defendeu o diálogo como solução para tensões políticas ao afirmar que “a via do diálogo não deve estar fechada na Venezuela”, reforçar que “o Haiti tem direito a um futuro livre de violência” e declarar como “inadmissível que Cuba seja listada como país que patrocina o terrorismo”.

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