
A autópsia realizada no corpo da brasileira Juliana Marins apontou que a causa da morte foi uma hemorragia provocada por graves ferimentos internos após uma queda no Monte Rinjani, segundo vulcão mais alto da Indonésia. A informação foi confirmada por autoridades locais nesta sexta-feira (27).
A análise forense foi conduzida no Hospital Bali Mandara, na ilha de Bali, após o corpo ser transferido do Hospital Bhayangkara, em Lombok, onde ocorreu o acidente. Segundo o especialista Ida Bagus Alit, Juliana sofreu fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Os impactos causaram lesões nos órgãos internos e levaram à morte em aproximadamente 20 minutos.
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“A principal causa da morte foram os ferimentos na caixa torácica e nas costas. Não havia sinais de que a vítima tenha sobrevivido por muito tempo após os traumas”, afirmou o médico legista.
Ainda conforme o relatório preliminar, não foram encontradas evidências de hipotermia. Exames toxicológicos também serão realizados e o laudo final deverá ser concluído em até duas semanas.
Juliana caiu na cratera do Monte Rinjani no sábado (21) enquanto fazia uma trilha. O corpo foi localizado na quarta-feira (25), mas o resgate foi dificultado por condições climáticas adversas e terreno de difícil acesso.
Translado para o Brasil
O pai da vítima, Manoel Marins, aguarda na Indonésia a emissão do atestado de óbito para que o corpo da filha possa ser transportado ao Brasil. Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União, que o translado seja custeado pelo governo federal.
“O governo brasileiro prestará todo apoio necessário à família de Juliana Marins, inclusive o translado ao Brasil. Vou editar um novo decreto para que o governo assuma as despesas e possibilite uma despedida digna para seus familiares e amigos”, escreveu Lula em sua rede social.