Duas aeronaves militares dos Estados Unidos — um P-8 Poseidon da Marinha e um E-3 Sentry da Força Aérea — foram registradas realizando voos de patrulha no Mar do Caribe, próximo à costa venezuelana. As operações ocorrem dois dias depois de o presidente Donald Trump anunciar o envio de navios de guerra à região.
Espaço aéreo
O P-8 Poseidon, com indicativo MADFOX33, opera a partir de San Juan, em Porto Rico, voando em trajetórias circulares ao norte de Aruba, a algumas centenas de quilômetros da Venezuela. Esta aeronave — derivada do Boeing 737-800 — é equipada para detecção de alvos na superfície e submersos, podendo lançar torpedos, mísseis antinavio, minas e Monitorar sonoboias. Na missão atual, tem sido usada para rastrear embarcações semi-submersíveis utilizadas por traficantes de drogas rumo ao México.
Outra aeronave de vigilância, o Boeing E-3 Sentry, com indicativo THUNDER07, foi identificada no mesmo setor no dia anterior. Configurado com radar aéreo sobre o fuselagem, o E-3 desempenha funções de alerta antecipado e controle aéreo, monitorando tráfego aéreo relevante para possíveis atuações militares.
Estratégia Militar e resposta de Maduro
Essa movimentação faz parte de uma estratégia militar mais ampla: três destróieres norte-americanos (USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson) estão a caminho da costa venezuelana, além do possível envio de um submarino de ataque. Ao todo, a operação deve envolver cerca de 4.000 tripulantes, com drones e várias aeronaves P-8 em atividade por vários meses em águas e espaço aéreo internacional.
Segundo autoridades dos EUA, tais ações visam intensificar o combate ao tráfico de drogas e atingir cartéis latino-americanos que foram classificados como organizações terroristas pela administração Trump — como o cartel de Sinaloa (México) e o Tren de Aragua (Venezuela).
Em resposta, o presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou o que classificou como ameaça militar absurda e antissoberana, anunciando a mobilização de milhões de civis armados para proteger seu território.
Com informações de Folha de S. Paulo