No dia em que os Estados Unidos acusaram Nicolás Maduro de chefiar um cartel narcoterrorista, a Venezuela elegeu 335 prefeitos para governar as cidades do País por quatro anos. Nesse domingo (27), o ditador celebrou a vitória de 285 aliados, 85% dos municípios.
A vitória madurista representa crescimento de 34,43% em relação ao último pleito.
“Tivemos uma vitória histórica pela força da Revolução Bolivariana! Vitória, vitória, vitória popular!”, declarou o ditador após o resultado.
Por outro lado, Maduro acenou para o “nascimento de uma nova oposição” com a eleição de 50 prefeitos opositores.
O líder venezuelano prometeu estender a mão do Governo para eles com uma condição: respeitar a atual Constituição – vigente desde o governo de Hugo Chávez, de quem foi vice -, a “paz pública” e o “fim definitivo da conspiração, do apelo à intervenção estrangeira e das sanções” internacionais.
“Vamos avançar para a recuperação integral dos diversos espaços do povo”, afirmou, pedindo união pelo bem-estar de todos os venezuelanos.
Declaração dos EUA sobre Maduro
Os Estados Unidos acusaram Nicolás Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles, a organização criminosa recém-declarada como terrorista pelo governo estadunidense.
O País do presidente Donald Trump também reiterou que o ditador venezuelano não preside a Venezuela e que seu governo é ilegítimo.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, divulgou a declaração nesse domingo, um dia antes do primeiro aniversário da contestada reeleição de Maduro e do aniversário de Hugo Chávez, morto em 2013.
“Os Estados Unidos permanecem firmes em seu apoio inabalável à restauração da ordem democrática e da justiça na Venezuela. Maduro não é o presidente da Venezuela e seu regime não é o governo legítimo”, declarou.
Para o Governo Trump, Maduro “corrompeu as instituições venezuelanas para auxiliar o esquema criminoso de narcotráfico do cartel para os Estados Unidos”, e que “seus comparsas manipularam o sistema eleitoral venezuelano para manter seu controle ilegítimo sobre o poder”.
Por fim, a nota classifica o governo do ditador de “corrupto, criminoso e ilegítimo”.
“Aqueles que fraudam eleições e usam a força para tomar o poder minam os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos”, destacou.