INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Novo corte de gastos da Disney extingue completamente área responsável pelo metaverso

O desmanche da divisão faz parte de um plano de reestruturação da companhia para a diminuição de custos operacionais

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Metaverse Cyberpunk Style City With Robots Walking On Street, Neon Lighting On Building Exteriors,  Flying Cars And Drones (Créditos: iStock)
Metaverse Cyberpunk Style City With Robots Walking On Street, Neon Lighting On Building Exteriors, Flying Cars And Drones (Créditos: iStock)

A Walt Disney Company, que completa 100 anos em 2023, é a mais nova empresa a se afastar do desenvolvimento do metaverso. A medida foi divulgada como parte de um novo pacote de cortes de gastos da companhia, que prevê a economia de US$ 5,5 bilhões aos seus cofres. Tanto a Disney quanto outras empresas que investiram no metaverso têm enfrentado dificuldades envolvendo a construção de seu próprio mundo virtual, que, devido à falta de uma definição concreta da tecnologia e de seus objetivos com ela, gera desperdício de recursos e afasta os investidores e o público.

Divulgado pela primeira vez ao The Wall Street Journal, a Walt Disney Company deve passar por uma nova reestruturação nos próximos meses, levando à demissão de mais de 7 mil colaboradores. A divisão responsável pelos projetos relacionados ao metaverso está entre as maiores afetadas pelos cortes, sendo completamente desmontada com a demissão de toda a equipe, que contava com 50 funcionários. A única exceção é a do diretor Michael White, que chefiava a pasta e deve continuar na missão de desenvolver novas experiências narrativas.

A divisão havia sido criada em 2022 pelo ex-CEO Bob Chapek, com a missão de desenvolver produtos e serviços de realidade aumentada, explorando personagens e histórias populares da companhia. Apesar disso, nenhum objetivo concreto chegou a ser definido, o que pode ter prejudicado as operações, que ficaram sem foco.

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Robert Igers, atual CEO, apesar de historicamente ter se mostrado otimista com a tecnologia, sofre pressão de investidores, que, em meio a uma economia complicada, não veem o metaverso com bons olhos. O foco da empresa agora deve voltar para seus produtos de maior sucesso, como parques temáticos e filmes, assim como seu serviço de streaming, que merece atenção especial devido ao crescimento do mercado e da concorrência.

A atitude da Disney segue a tendência do mercado, que já motivou outras empresas a também se distanciar do metaverso. O caso mais chocante é o da Meta, empresa de Mark Zuckerberg que detém produtos como Facebook, Instagram e WhatsApp. Apesar do comprometimento do bilionário com a tecnologia, que motivou, inclusive, a substituição  do nome da empresa, os investimentos em metaverso geraram perdas alarmantes. A Reality Labs, divisão responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de realidade virtual e de realidade aumentada, registrou um prejuízo de US$ 13,72 bilhões.

Como resultado disso, a companhia passou por layoffs, e Zuckerberg teve que acalmar investidores, dizendo que este ano seria de maior eficiência e que os investimentos em metaverso não afetariam seus outros produtos de sucesso. Apesar de não abandonar totalmente a criação de um mundo virtual, a gigante de tecnologia deve focar sua atenção para a inteligência artificial de agora em diante.
Apesar de a tecnologia ter se mostrado complicada para algumas organizações, as empresas do setor de jogos têm tido experiências melhores. Como é aprendido na faculdade de administração, projetos devem ter missão e aplicações claras para serem bem-sucedidos. Com um foco bem delimitado, o metaverso tem dado certo quando associado a games como Minecraft, Roblox e Fortnite, por exemplo, intensificando a integração e interação dos usuários com o universo expandido. Entretanto, tirando o cenário de imersão nos jogos, faltam soluções viáveis para o resto do público.

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