Tem vontade de criar um pet nada convencional? Saiba os primeiros passos

É natural que o ser humano se sinta atraído por um animalzinho fofo à primeira vista, pode ser um cachorro ou gatinho. Mas, e quem acha lindo um coelho, uma vaca, um porco ou uma cobra, o que faz? A FolhaBV separou três passos para quem quer um animal de estimação não convencional.

Após a repercussão do caso da capivara Filó, em Manaus, é preciso entender que nem todo animal silvestre pode ser domesticado de uma forma tão fácil, como pegar no habitat natural  e levar para casa. Segundo a médica veterinária Érika Aragão, é necessário, primeiramente, analisar o contexto financeiro.

“É preciso escolher qual animal. Não posso só pensar ‘quero uma cobra’. É preciso saber como está o recinto, a tua casa, como está o teu bolso. Se der algum problema sério, precisar levar num médico veterinário e for um dinheiro a mais do que você pensou, você vai ter condições? Tem que ter sempre um médico veterinário por perto”, informa Érika.

A médica ainda orienta que é importante saber os cuidados que o animal precisa como alimentação, consumo de água, estilo de vida e  habitat. No caso de cobras, por exemplo, separar dois recintos diferentes, um para comer e um para morar, previne contra a possibilidade do animal dar o bote quando for pegar nele, já que saberá que ali não é local de caça. 

“Você tem que saber como é a alimentação dele, qual a temperatura ideal para viver no recinto. Tem que ter pedra, tem que ter grade? Esses detalhes são importantes. Tem roedor que precisa de temperatura alta, tem roedor que não. Até os próprios animais de produção como um boi e uma vaca, depende da raça que você vai criar. Tem uns que são mais temperamentais, outros que são mansos”, explica.

Após preparar o bolso e a casa para receber um animal, o próximo passo é adquirir o bichinho de forma legal com o Ibama e instituições ambientais. A médica orienta que o futuro pai ou mãe de pet deve procurar um veterinário especialista em animais silvestres e exóticos para indicar lojas autorizadas.

A médica passa outros detalhes no vídeo da reportagem da Folha. Confira!