
A taxa de sindicalização no Brasil voltou a subir em 2024, alcançando 8,9%, o equivalente a 9,1 milhões de trabalhadores sindicalizados. O resultado representa um avanço em relação a 2023, quando o índice era de 8,4%. Apesar da recuperação recente, o país ainda acumula uma redução de 7,2 pontos percentuais desde 2012, quando o índice estava em 16,1%.
Setores com maior crescimento
Todos os grupamentos de atividade registraram aumento em 2024. Os maiores avanços ocorreram em:Administração pública, defesa, educação e saúde: 15,5% (+1,1 p.p.) e Indústria geral: 11,4% (+1,1 p.p.)
A Agricultura, mesmo sendo o segundo setor com maior proporção de sindicalizados (14,8%), teve uma pequena queda de 0,2 ponto percentual.
Comércio cresce, mas permanece abaixo da média nacional
O grupamento de Informação, Comunicação e Serviços Financeiros subiu 0,8 p.p., chegando a 9,6%.
O Comércio, que reúne quase um quinto dos trabalhadores do país, avançou para 5,6%, mas ainda permanece abaixo do índice geral de sindicalização.
Quedas acumuladas desde 2012
Desde 2012, todos os setores apresentaram redução no nível de sindicalização. As maiores quedas foram observadas em:
Transporte, armazenagem e correios: queda de 12,4 p.p. (20,7% → 8,3%)
Indústria geral: queda de 9,9 p.p. (21,3% → 11,4%)
Segundo o analista William Kratochwill, setores tradicionalmente mais organizados, como Administração pública e Indústria, mostram sinais de retomada, enquanto a redução no setor agrícola está mais ligada à diminuição do contingente de trabalhadores.
Setor público segue com maior índice de sindicalização
Entre as categorias ocupacionais, os maiores percentuais em 2024 foram:
Empregados do setor público: 18,9%
Trabalhadores com carteira assinada no setor privado: 11,2%
Trabalhadores familiares auxiliares: 9,9%
As menores taxas foram observadas entre empregados sem carteira (3,8%) e domésticos (2,6%).
.