O levantamento mostra que todos os estados com índices acima da média nacional (13,3%) estão nas Regiões Norte e Nordeste (Foto Nilzete Franco FolhaBV)
O levantamento mostra que todos os estados com índices acima da média nacional (13,3%) estão nas Regiões Norte e Nordeste (Foto Nilzete Franco FolhaBV)

O estado de Roraima registrou, em 2022, 25,5% da população vivendo com rendimento domiciliar per capita de até um quarto de salário mínimo, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual coloca Roraima entre os estados com maior proporção de moradores em situação de baixa renda no país.

Na Região Norte, o cenário é semelhante: 23,3% da população vive com renda domiciliar per capita de até ¼ de salário mínimo — o maior índice entre as grandes regiões brasileiras. No Nordeste, o percentual é de 22,4%. Já nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os números são significativamente menores.

O levantamento mostra que todos os estados com índices acima da média nacional (13,3%) estão nas Regiões Norte e Nordeste. Os maiores percentuais foram observados no Amazonas (28,4%), Maranhão (26,6%) e Roraima (25,5%). Em contraste, os menores índices foram registrados na Região Sul, com Santa Catarina (3,8%), Paraná (5,7%) e Rio Grande do Sul (6,1%).

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Por outro lado, apenas 39% da população brasileira tinha rendimento domiciliar per capita superior a um salário mínimo em 2022. Na Região Norte, essa proporção cai para 23,2%, e no Nordeste, para 20,8%. Já na Região Sul, mais da metade da população (56%) supera essa faixa de renda, refletindo as desigualdades regionais persistentes no país.

O estudo também aponta diferenças por cor ou raça: o percentual de pessoas com renda domiciliar per capita de até ¼ de salário mínimo é menor entre pessoas brancas (8,7%) e amarelas (6,6%), e maior entre pessoas pretas (14,9%) e pardas, grupo que concentra a maioria da população de Roraima.

Os resultados fazem parte do Censo 2022 – Módulo Trabalho e Rendimento, divulgado pelo IBGE, que analisa a distribuição de renda da população brasileira e reforça as desigualdades sociais e regionais ainda marcantes no país.