PROJETO SOCIAL NO PEDRA PINTADA

Profissionais da Saúde realizam 300 atendimentos gratuitos em bairro sem UBS

Ação do Bem leva atendimento a lugares sem serviço de saúde fixo, por meio de profissionais de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia

Segunda edição do projeto Ação do Bem foi realizada na manhã deste domingo, no bairro Pedra Pintada (Foto: Divulgação)
Segunda edição do projeto Ação do Bem foi realizada na manhã deste domingo, no bairro Pedra Pintada (Foto: Divulgação)

Um grupo de 40 profissionais da Saúde realizou, na manhã deste domingo (22), 308 atendimentos gratuitos aos moradores do bairro Pedra Pintada. A segunda edição do evento Ação do Bem ofereceu à população da localidade atendimentos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia.

Organizador da ação, o médico clínico geral Gabriel Camarão enfatizou que o principal objetivo do projeto social é levar assistência médica, especialmente a bairros que não possuem uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

“É trazer equipe médica, equipe multiprofissional de saúde, pra atender a população como um todo. Não simplesmente uma vez só, mas a gente quer fazer um atendimento constante, pegar cada paciente, acompanhá-lo e saber o que a população tem sofrido”, diz Gabriel Camarão.

Nesta edição, houve 158 atendimentos adultos, 77 pediátricos, 26 consultas psicológicas e 47 de Fisioterapia.

Projeto social Ação do Bem disponibilizou receitas e medicamentos aos moradores do bairro Pedra Pintada (Foto: Divulgação)

Necessidade

Criado como assentamento irregular em 2014, o Pedra Pintada foi regularizado nos anos seguintes e passou a ser reconhecido como bairro em 2021. Atualmente, cerca de seis mil moradores vivem na região – a qual aguarda a conclusão das obras da primeira UBS, situada na divisa com o Said Salomão.

Centenas de moradores participaram do evento Ação do Bem (Foto: Divulgação)

Enquanto isso, moradores precisam se deslocar de quatro a seis quilômetros para buscar atendimento de Saúde em bairros como Cauamé, Caranã e Aeroporto. A situação piora para quem não tem transporte próprio, como a família da dona Franciane Andrade Barbosa, de 50 anos. Há um ano, a profissional do lar perdeu a filha Renata Gabriele, 30, para o câncer do colo uterino.

Dona Franciane contou drama pessoal por causa da falta de unidade de saúde no Pedra Pintada (Foto: Divulgação)

Segundo ela, a morte – que deixou seis crianças órfãs da também profissional do lar -, teve a ver com a distância para buscar tratamento e a dificuldade para pagar passagem de ônibus para ir ao CPCom (Centro de Prevenção de Câncer), no bairro Jardim Tropical, situado a quase 20 quilômetros de seu bairro. A cada deslocamento de ida e volta, as duas tinham que desembolsar, na época, R$ 18 (hoje, com o atual preço da tarifa, seria R$ 24).

“Se essa Ação do Bem acontecer a cada mês, será muito bom”, diz dona Franciane, que além de depender do marido funcionário de uma concessionária elétrica para sustentar a família, busca renda extra na venda de din-din e serviços gerais.

Neste domingo, a profissional do lar buscava orientação para lidar com a menopausa – fase da vida em que há a queda natural da produção dos hormônios reprodutivos. “Há muita dificuldade pra aquelas mãezinhas que não tem nem como se deslocar, dinheiro pra pagar sua passagem e buscar atendimento em outro bairro”, enfatizou Franciane.

Serviço de ventosaterapia foi oferecido durante o projeto Ação do Bem (Foto: Divulgação)

O Ação do Bem também disponibilizou aos pacientes receitas, acompanhamentos, medicamentos e até ventosaterapia – método medicinal alternativo feito a partir da sucção na pele por meio de copos. Para as crianças, havia pula-pula, pintura facial, pintura em desenhos, picolés e din-din.

Ação do Bem levou pintura facial a crianças do Pedra Pintada (Foto: Divulgação)
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