O percentual de famílias endividadas em Roraima teve uma queda de 88,0% em julho de 2025, depois de cinco meses seguidos de alta. Porém, o estado ainda ocupa a 3ª posição no ranking nacional entre os que registram os maiores índices de endividamento, com cerca de 10 pontos acima da média nacional, que foi de 78,5%.
Em Roraima, as dívidas geradas pelo o uso do cartão de crédito e carnês de lojas, foram os principais tipos de endividamento que apresentaram redução na sua utilização, ao comparar com o mesmo período do ano passado.
Ainda segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de família com contas em atraso também demonstrou um saldo positivo, mesmo com o valor de (30,6%) número levemente acima da média nacional, Roraima ficou na 14ª posição ao comparar com outros estados brasileiros.
Conforme a análise econômica da Fecomércio/RR, esse índice representa o segundo menor nível de endividamento registrado no ano, superado apenas pelo observado em janeiro.
“Além de registrar uma redução do número de famílias endividadas, a pesquisa mostrou ainda que houve uma redução de famílias com contas em atraso, que passou para 30,6% no mês de julho. O percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar suas dívidas também recuou no mês passado, chegando a 3,0%”, disse o economista Fábio Martinez.
O único tipo de endividamento que apresentou aumento neste período foi o de crédito pessoal, que em julho de 2024 teve 12,2% e em julho deste ano, subiu para 20,5%.
“Esse bom resultado registrado na Peic de julho está ligado ao número de empregos formais no comércio que registrou aumento no primeiro semestre do ano aqui em Roraima”, ressalta o presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-IFPD/RR, Ademir dos Santos.
Mais empregos formais em Roraima
Nos primeiros seis meses do ano, Roraima registrou a criação de 2.611 novos postos de trabalho de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). A pesquisa mostrou que 70% destes novos empregos no primeiro semestre se concentraram no setor de comércio e serviços, apresentando um saldo de 1.844 novos empregos.