VALORES A RECEBER

Metade do dinheiro esquecido nos bancos não foi resgatado

A maior fatia das cifras a receber (R$ 5,7 bilhões) é de pessoas físicas e envolvem 36,1 mil beneficiários

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A proposta tem como principal vantagem a redução dos juros cobrados em comparação às taxas de crédito pessoal, muitas vezes consideradas abusivas.
Valor médio por contratação foi de R$ 7.065,14, com prazo médio de 21 meses e parcelas em torno de R$ 333,88. (Foto: Arquivo)

Mais da metade dos recursos “esquecidos” no sistema financeiro por cidadãos e empresas não foi resgatado desde que o Banco Central (BC) criou o Sistema de Resgate de Valores a Receber (SRV).

Esse é um mecanismo que permite que os titulares do dinheiro possam reaver as quantias que foram deixadas de lado no sistema financeiro. Até abril, apenas R$ 3,93 bilhões foram devolvidos, de um total “esquecido” de R$ 11 bilhões, segundo estatísticas do Banco Central. Ou seja, R$ 7,08 bilhões continuam de posse da autoridade monetária, aguardando o resgate.

A maior fatia das cifras a receber (R$ 5,7 bilhões) é de pessoas físicas e envolvem 36,1 mil beneficiários. As empresas respondem por R$ 1,3 bilhão e somam um total de 2,7 mil CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).

Os bancos são os principais detentores do dinheiro ainda não devolvido. Eles reúnem R$ 4,1 bilhões, seguidos pelas administradoras de consórcios (R$ 2,1 bilhões), cooperativas (R$ 635,1 milhões), financeiras (R$ 93,8 milhões) e também por instituições de pagamento (R$ 76,4 milhões).

Em número de beneficiários que ainda não resgataram os valores, os bancos reúnem 26,4 milhões de pessoas físicas e jurídicas, seguidos pelas administradoras de consórcios (8,2 milhões) e pelas financeiras (3,2 milhões).

De março para abril, o dado mais atualizado do Banco Central, o volume de recursos disponível para resgate aumentou 12%. Em março deste ano, eram R$ 6,3 bilhões e em abril, R$ 7,08 bilhões.

O que já foi devolvido

Os dados do Banco Central mostram que, dos R$ 3,93 bilhões devolvidos até agora, a maior parte (R$ 2,94 bilhões) foi embolsada por pessoas físicas.

Foram 13,4 milhões de CPFs (Cadastro de Pessoas Físicas) no total. No mesmo período, as cifras das pessoas jurídicas somaram R$ 984,5 milhões e foram destinadas a 493,1 mil empresas.

De março para abril deste ano, houve uma queda significativa de 48,7% no total de valores devolvidos. Em março haviam sido devolvidos R$ 505 milhões e, em abril, foram outros R$ 259 milhões.

Valores baixos

Segundo o Banco Central, a maioria dos beneficiários do SVR têm valores abaixo de R$ 10 para resgatar. O relatório do BC aponta que 29,2 milhões de contas, o equivalente a 62,55% do total, têm menos de R$ 10 em valores “esquecidos” a serem resgatados.

Na outra ponta, apenas 643,1 mil contas, ou 1,37% do total, têm valores para resgatar acima de R$ 1.000,01.

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