
Roraima amanheceu mais triste com a notícia da morte de Marivaldo Feitoza, aos 65 anos, figura histórica da educação e do esporte no estado. Ex-atleta e professor respeitado, Marivaldo dedicou mais de duas décadas à formação de jovens roraimenses e marcou gerações dentro e fora das quadras.
Natural do Amazonas, Marivaldo chegou a Roraima ainda jovem e construiu aqui sua vida pessoal e profissional. Atuou como professor do tradicional Colégio Monteiro Lobato, onde deixou um legado reconhecido por colegas, alunos e familiares. Na educação pública, foi gestor escolar e professor de Educação Física nas escolas América Sarmento e Buritis, sempre lembrado pelo profissionalismo, disciplina e sensibilidade com os estudantes.
No esporte, Marivaldo brilhou no futebol de salão. Jogou por equipes amazonenses e roraimenses, destacando-se sobretudo no Atlético Roraima Clube, onde viveu seu período mais vitorioso. Tricolor de coração, inspirava-se no Fluminense e ajudou a escrever capítulos importantes da história do clube ao lado de nomes como Waldizão, Bariri, Kléber, Audir, Wilsinho, Willem, Marnildes, Cardozinho, Chiquinho, Rigoberto e tantos outros. Companheiros o descrevem como “o gênio do campo e do salão”, dono de talento raro e personalidade agregadora.
Em 2017, Marivaldo foi homenageado com o título de Orgulho de Roraima pela Assembleia Legislativa, reconhecimento à sua trajetória dedicada ao esporte e à educação. Nas redes sociais, especialmente em grupos que relembram a história do estado, seu nome era frequentemente citado com carinho — como em uma publicação de Celino Pinheiro que resgatava a importância do atleta para o futebol roraimense.
Mas, além das conquistas, amigos destacam que o grande diferencial de Marivaldo era o coração. Educado, brincalhão e sempre disposto a ajudar, ele se tornou um professor admirado, especialmente na área de História, onde muitos alunos afirmam ter sido inspirados por sua forma apaixonada de ensinar.
Casado com Rosa Feitoza, Marivaldo deixa quatro filhas e uma extensa rede de amigos, ex-alunos e admiradores que hoje lamentam sua partida.
O legado de Marivaldo Feitoza permanece vivo — nas quadras onde brilhou, nas salas de aula onde ensinou e na memória de todos que tiveram o privilégio de conviver com ele.