Cerca de 6,5 mil militares do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram na manhã desta sexta-feira (3), na Base Aérea de Boa Vista, da cerimônia de formatura de apronto operacional e da demonstração de capacidades da Operação Atlas, o maior exercício militar do Brasil em 2025.
O evento contou com autoridades nacionais e locais, como o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o governador Antonio Denarium (Progressistas), o senador Dr. Hiran (Progressistas-RR), o deputado federal Nicoletti (União Brasil-RR) e os comandantes das três forças: o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva (EB), o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen (MB) e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno (FAB).
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A solenidade contou com 55 blindados, 450 viaturas não blindadas, dez helicópteros e 15 aeronaves, incluindo os caças A-29 Super Tucano (eficaz em apoio aéreo) e A-1 (ideal em ataque tático), e drones Hermes 900 (para vigilância e inteligência avançada).
A demonstração teve tropas de artilharia antiaérea, brigadas de infantaria de selva, forças especiais e unidades de defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
Houve ainda emprego de artilharia, operações de selva e demonstrações com blindados e helicópteros de ataque, além de desfile estático com meios empregados na missão, entre eles radares, sistemas de mísseis e equipamentos de comunicação. Todas as balas e munições usadas são de festim.
Em razão da chuva que começou a cair às 11h, os saltos de paraquedistas foram suspensos.
O ministro José Múcio, em discurso, destacou o desafio logístico da Operação Atlas e o papel decisivo dos militares na defesa da soberania nacional.
“Vencemos as dificuldades de planejar e realizar a concentração estratégica de volumoso conjunto de meios para a mais desafiadora região geográfica do Brasil”, declarou.
Operação Atlas
Em 2025, o exercício tem como objetivo reforçar a soberania na Amazônia. Para isso, as Forças irão simular uma invasão fictícia na região, com nomes de países irreais em uma guerra, para testar a capacidade de defesa terrestre, aérea e marítima do País.
A operação também serve para ampliar a interoperabilidade entre Exército, Marinha e Aeronáutica, além de modernizar a logística e manter tropas em prontidão.
O Ministério da Defesa garante que a Atlas estava programada desde 2024 e, portanto, não tem relação com situações externas, como a ameaça dos Estados Unidos ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, país da fronteira com o Brasil.
Próximos eventos
Na próxima terça-feira (7), na rodovia federal BR-401, a operação terá uma espécie de assalto aeromóvel. Na quarta (8), em Normandia, haverá um exercício de ataque em Normandia. Na quinta (9), em Bonfim, os militares irão realizar um exercício de tiro real da força tarefa conjunta.