ELEIÇÕES SUPLEMENTARES

Candidatos a prefeito 'tampão' pedem para barrar um ao outro na eleição de Alto Alegre

Valdenir Magrão e Wagner Nunes, além de Gaúcho da Soja, vão disputar o pleito suplementar marcado para 28 de abril

Os candidatos a prefeito "tampão" de Alto Alegre, Valdenir Magrão e Wagner Nunes (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Os candidatos a prefeito "tampão" de Alto Alegre, Valdenir Magrão e Wagner Nunes (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Os candidatos a prefeito “tampão” de Alto Alegre, Valdenir Magrão (MDB) e Wagner Nunes (Republicanos), trocam acusações e pedidos de impugnação de candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). Eles e o empresário Gaúcho da Soja (União Brasil), considerado como terceira via no pleito, vão disputar o pleito suplementar marcado para 28 de abril.

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Apoiado pelo prefeito cassado Pedro Henrique Machado e outros políticos locais, o atual prefeito acusa Nunes de se afastar do cargo de professor efetivo fora do prazo mínimo de seis meses antes das eleições para concorrer ao cargo. Além disso, Magrão alega que o rival apresentou documento que não comprovaria o pedido de afastamento da Secretaria Estadual de Educação (Seed) e que não possui registro de recebimento do documento.

“O candidato impugnado, por ser servidor público estadual efetivo, deveria ter se desincompatibilizado no dia 28/01/2024, de modo que o malfadado requerimento apresentado, ainda que sem nenhum valor probatório, somente teria sido apresentado no dia 13/03/2024, ou seja, apenas 01 (um) mês e 15 (quinze) dias antes da eleição”, alega o prefeito candidato, na petição.

Apoiado pelo grupo do governador Antonio Denarium (Progressistas), Wagner Nunes se defende ao dizer que se afastou dentro do prazo e alegou que não tem controle sobre o trâmite interno da Seed. “Apresentamos a defesa, a Secretaria de Educação já fez o trâmite legal que tem lá dentro, já foi comunicado à juíza. Nós temos parecer do Ministério Público que diz que não há motivo nenhum para impugnação”, explicou.

Acusação contra Magrão

Nunes, por sua vez, acusa Magrão de ter se desfiliado do MDB para se filiar ao Podemos no dia 8 de março – após o prazo mínimo legal de seis meses para participar das eleições suplementares – e depois pedir o cancelamento da filiação para retornar ao antigo partido, em atitude irregular.

O professor rebate a alegação do rival de que houve um “erro humano” nessa situação, porque o Podemos usou uma procuração assinada pela presidente municipal da sigla, enteada do prefeito, com vários dados pessoais de Magrão na filiação. “Não há outra conclusão, senão o reconhecimento da simulação e má-fé do Impugnado com fito de salvar a possibilidade de sua candidatura”, diz no pedido.

Em resposta, o emedebista disse que o Podemos o filiou sem autorização, ao incluí-lo entre os pré-candidatos da sigla nas eleições de outubro. “Alguém me filiou no Podemos, sem minha autorização, sem ficha assinada e nada. Só colocaram os meus dados lá”, disse Valdenir Magrão, que imediatamente pediu desfiliação e retorno ao MDB, o qual o aceitou. “Podemos reconheceu que foi um erro humano, porque foi sem autorização. Se fosse mover alguma ação, eu poderia mover contra o Podemos”.