ESPORTE

Badminton cresce nos Jogos Escolares de Roraima e atrai jovens atletas no estado

Com mais de 160 inscritos no JER's, a modalidade mais rápida entre os esportes de raquete ganha força entre os estudantes

Mais de 160 atletas participam da modalidade nos Jogos Escolares de Roraima. (Foto: Lucas Castro/FolhaBV)
Mais de 160 atletas participam da modalidade nos Jogos Escolares de Roraima. (Foto: Lucas Castro/FolhaBV)

O badminton ganha cada vez mais espaço entre os jovens atletas de Roraima. Nos últimos quatro anos, a modalidade cresceu no estado, especialmente entre os estudantes que participam dos Jogos Escolares de Roraima (JER’s). O aumento no número de inscritos indicam que o esporte começa a se consolidar no cenário local.

Disputado entre dois ou quatro jogadores, o badminton é semelhante ao tênis, mas usa uma espécie de peteca, chamada de volante ou birdie, no lugar da bola. A modalidade exige preparo físico, agilidade, coordenação e reflexo, e é considerada o esporte de raquete mais rápido do mundo. Pode ser praticado por homens, mulheres e crianças.

Badminton no Jogos Escolares

Em Roraima, o badminton foi introduzido em 2021 pelo coordenador do esporte, Raimundo Moraes, que conheceu a modalidade em uma edição dos Jogos Escolares Brasileiros e decidiu implementá-lo no estado.

Raimundo Moraes, coordenador da modalidade em Roraima. (Foto: Lucas Castro/FolhaBV)

Moraes destaca a evolução do Badminton nos Jogos Escolares, que agora chega à sua quarta participação. “No primeiro ano tivemos 38 atletas. Neste ano, inscrevemos 162 atletas na competição. Na capital, são 48 atletas”, enfatizou.

O coordenador conta que o nível dos atletas melhorou significativamente. Segundo ele, nas primeiras edições, os jogos duravam de 13 a 15 minutos. Hoje, algumas partidas chegam a 40 minutos.

Partida de Badminton nos JER’s etapa classificatória de Boa Vista. (Foto: Lucas Castro/FolhaBV)

“A gente vê o nível nisso aí. Os atletas procuram jogadas ensaiadas, assistem vídeos. Nós estamos tentando, através da Confederação, trazer um curso para técnicos, para abranger todos os professores e técnicos que quiserem fazer“, afirmou Moraes.

Conforme as regras da modalidade, os jogos são disputados em dois sets de 21 pontos. Em caso de empate, a partida vai para um terceiro set, com tiebreak até 30 pontos, diferente de outras modalidades.

Coordenação e atletas do badminton durante os Jogos Escolares. (Foto: Ivonisio Lacerda Jr)

O crescimento da modalidade também se reflete fora do ambiente escolar. Raimundo Moraes fundou a Federação Roraimense de Badminton, sediada em Caracaraí. Atualmente, a federação reúne cinco clubes e 49 atletas federados.

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Badminton cresce entre os jovens

Ingrede Pereira aluna do Colégio Estadual Militarizado Fernando Grangeiro de Menezes. (Foto: Ivonisio Lacerda Jr)

Entre os destaques da modalidade está Ingride Pereira, de 16 anos. A jovem começou no badminton por acaso. Antes, jogava futsal, mas a equipe da escola não conseguiu atletas suficientes para participar dos JER’s. Foi então que a professora de Educação Física, Jennefer Rodrigues, a convidou para tentar o badminton.

“Eu não podia jogar futsal e ela [Jennefer] me puxou para o badminton, e eu gostei. Faltava uma semana para os jogos de 2022. Eu aprendi a modalidade em uma semana, competi e ganhei”, relembrou Ingride.

Agora, no último ano da categoria infantil, ela treina diariamente com o objetivo de conquistar o título estadual e garantir vaga nos Jogos da Juventude.

“Estou com uma expectativa muito boa. Estou treinando bastante, me dedicando nos meus treinos. Saio da escola e vou direto treinar. Quero trazer medalha pra cá”, declarou.

Incentivo a modalidade

Jennefer Rodrigues, professora do Colégio Estadual Militarizado Fernando Grangeiro de Menezes, conheceu o badminton por meio de um curso para educadores físicos. Desde então, começou a aplicar o esporte na escola. No entanto, a falta de equipamentos ainda é um obstáculo.

“É um pouco difícil, por conta do material. Como a modalidade é nova nos Jogos Escolares, ainda não há muito incentivo na escola. A gente usa aulas de rede e parede para ensinar o básico. Nesse momento, identificamos os alunos que se interessam mais para o treinamento para os jogos escolares”, explicou.

Jennefer lembra que, no início, eram poucos os alunos que conheciam o esporte, e o badminton era praticamente inexistente fora da capital. “Quando começou, eram poucos atletas. O conhecimento maior era na capital. No interior, nem tinha direito”, destacou.

A fase classificatória dos Jogos Escolares, etapa Boa Vista, terminou no último domingo (29). No badminton, 24 atletas avançaram para a fase final, divididos nas categorias mirim (12 a 14 anos) e infantil (15 a 17 anos), nos naipes masculino e feminino.

Foram classificados dois atletas por município e quatro da capital. A fase final ocorrerá de 9 a 15 de julho, em Boa Vista. Os campeões e vice-campeões de cada categoria representarão Roraima nos Jogos Escolares Brasileiros, que acontecem em Uberlândia (MG) e Brasília (DF).

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