A Universidade Federal de Roraima (UFRR) criou o Laboratório Avançado de Pesquisas e Experimentos em Jornalismo na Amazônia (Lapej). O espaço foi autorizado pelo colegiado do Centro de Comunicação, Letras e Artes (CCLA) na última quarta-feira (17) e já iniciou as primeiras atividades.
O objetivo do Lapej é desenvolver cursos, oficinas e projetos experimentais voltados à produção de conteúdos jornalísticos sobre vivências e práticas da região amazônica. A proposta é capacitar estudantes e profissionais para cobrir temas como política, meio ambiente, saúde, segurança pública, ciência e tecnologia.
Além de abrir vagas para bolsistas, o laboratório também receberá alunos em estágio supervisionado obrigatório do curso de Jornalismo da UFRR.
Primeiros projetos
Entre as produções em andamento está o curta-metragem “Epílogo: memórias de Roraima”, baseado em relatos de personagens da política, economia, esporte e cultura. A obra aborda os 35 anos de implantação do estado de Roraima, tendo como marco a posse do primeiro governador eleito, Ottomar de Sousa Pinto, em 1º de janeiro de 1991. O lançamento está previsto para 1º de janeiro de 2026.
O filme conta com apoio da Secretaria de Cultura e Turismo de Roraima, recursos da Lei Paulo Gustavo e realização do Ministério da Cultura. Ainda em 2025, o laboratório pretende produzir o documentário “A paisagem, a ocupação do solo e a cultura de grãos em Roraima”, atualmente em fase de captação de recursos.
Cursos e eventos
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Para o próximo ano, estão previstos cursos de design e editoração eletrônica (Adobe InDesign), edição de vídeos (Adobe Premiere), gravação e edição de áudio (Adobe Audition), raspagem e visualização de dados (Linguagem R) e criação de apresentações não lineares (Prezi).
Já em 2026, o Lapej deve reunir artigos e relatos no Encontro Nacional de Ensino de Jornalismo (Enejor), além de organizar o primeiro Encontro Nacional de Laboratórios de Jornalismo (LabJor), em parceria com instituições de ensino do país.
Estrutura e financiamento
A criação do laboratório contou com recursos da Lei Paulo Gustavo e uma emenda parlamentar do senador Mecias de Jesus (Republicanos). Os valores foram destinados à compra de equipamentos, adequação do espaço físico, contratação de especialistas, aquisição de softwares, pagamento de bolsas e apoio para estudantes participarem de eventos nacionais.
Segundo a UFRR, o plano de trabalho foi aprovado pelas instâncias internas da universidade e assinado pelo reitor Geraldo Ticinelli.