
A Universidade Estadual de Roraima anunciou a proposta de implantação do curso de Medicina no município de Rorainópolis. A informação foi divulgada pelo reitor da instituição, Claudio Travassos, durante a cerimônia de colação de grau realizada na noite de sexta-feira (19), que reuniu formandos dos cursos de Licenciatura em Ciências Humanas, Tecnólogo em Gestão de Turismo e Hospitalidade e Bacharelado em Agronomia.
A proposta está formalizada por meio da Indicação nº 418/2025, que prevê a oferta inicial de 60 vagas do curso de Medicina no campus da UERR em Rorainópolis. A iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso ao ensino superior na área da saúde e fortalecer a formação de profissionais no sul de Roraima.
Durante o evento, o deputado estadual Jorge Everton explicou que a indicação considera o crescimento populacional da região e a ampliação dos serviços públicos de saúde, fatores que, segundo ele, aumentam a demanda por médicos. O parlamentar afirmou que a implantação do curso pode contribuir para reduzir o déficit de profissionais, incentivar a fixação de médicos no interior e promover o desenvolvimento regional.
No pronunciamento, Jorge Everton também anunciou a destinação de R$ 6 milhões em emenda parlamentar para a criação de um cursinho pré-vestibular gratuito, voltado a estudantes de Rorainópolis e de outros municípios do Sul do Estado. Conforme o deputado, o curso deve iniciar em fevereiro e tem como objetivo preparar os alunos para disputar vagas em processos seletivos, diante da concorrência com candidatos da capital e de outros estados.
Em outro trecho da fala, o parlamentar afirmou que investir em educação é fundamental para a transformação social e destacou a importância do apoio institucional no avanço da proposta. Ele citou o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Soldado Sampaio, além do governador Antonio Denarium e do vice-governador Edilson Damião.
O reitor Claudio Travassos afirmou que a universidade trabalha para viabilizar o curso e ressaltou a necessidade de medidas legais que garantam a permanência de estudantes da própria região. Segundo ele, a alta concorrência nacional em cursos de Medicina exige mecanismos que assegurem o acesso de candidatos do interior.
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Travassos acrescentou ainda que a proposta pedagógica prevê aulas preferencialmente no período noturno e em formato modular, com o objetivo de facilitar o acesso de estudantes que residem fora da capital. “Tudo isso é pensado para atender a realidade de quem mora no interior, onde o acesso ao ensino superior costuma ser mais difícil”, afirmou.