Uma forte tempestade que caiu na noite da última segunda-feira, dia 11, na região da comunidade indígena Água Fria, no município do Uiramutã, destelhou parcialmente a escola estadual indígena São Sebastião do Cailã e agora mais de 300 alunos estão sem aula.
Em protesto, os estudantes fizeram uma manifestação, na manhã de hoje, dia 13, reivindicando uma reforma urgente na escola, que é a maior da região e atende a mais de 10 comunidades indígenas nas proximidades da Água Fria.
Pai de aluno, o professor Alex Barbosa dos Santos fez um alerta. Ele disse que não apenas o telhado, mas toda a estrutura física da escola está comprometida com infiltrações nas paredes, forros que ameaçam desabar e pisos quebrados.
“Anos atrás, o governador veio aqui na comunidade e prometeu reformar a escola. Ele até assinou o termo de autorização, mas até hoje a reforma não saiu.
Portanto, esperamos que agora o governo do Estado tome providências porque, depois desse temporal, a escola ficou sem a menor condição de receber alunos e servidores. Nossos filhos estão perdendo aula e isso pode comprometer o ano letivo, infelizmente”, lamentou Alex.
A escola estadual indígena São Sebastião do Cailã atende alunos dos ensinos Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Este ano, a unidade tem mais de 300 alunos matriculados nos três turnos. “Se o governo não fizer uma reforma urgente, os alunos terão aulas remotas e isso pode comprometer o processo de ensino/aprendizagem”, observou o professor.
A gestão da escola indígena São Sebastião do Cailã, segundo informações, já comunicou oficialmente a Secretaria de Estado de Educação (SEED) sobre as péssimas condições da escola, que coloca em risco a vida de alunos e servidores.
O temporal que caiu na segunda-feira passada também arrancou árvores e danificou outras casas na comunidade. O período é de chuvas fortes na região. Fotos e vídeos gravados pelos moradores da Água Fria mostram o momento em que a tempestade e o vendaval arrancam as telhas da escola.
O que diz a SEED