O projeto “Inovação no sistema de recirculação em aquicultura: Biorremediação de efluentes da piscicultura utilizando macrófitas como biofiltros”utiliza plantas aquáticas flutuantes e submersas, conhecidas como macrófitas, como biofiltros no tratamento da água utilizada na criação do tambaqui curumim, espécie nativa da região Norte do Brasil. Essa abordagem inovadora permite a biorremediação de efluentes da piscicultura, reduzindo a carga de nutrientes e melhorando a qualidade da água.
Para melhor entender a aplicação da pesquisa, a técnica adotada no projeto de pesquisa promove o reaproveitamento da água em sistemas de recirculação por meio de filtros vivos formados por macrófitas. Essas plantas absorvem nutrientes em excesso, como nitrogênio e fósforo, ajudando a manter a qualidade da água e reduzindo o impacto ambiental da atividade.
O projeto é formado pela equipe multidisciplinar dos servidores Ellano José da Silva, Caroline Pereira de Campos, Marcello Henryque Costa de Souza, Juliano Jonas Sabio de Melo, Vonin da Silva e Silva. Também pelos estudantes do curso de Agronomia Rosane Marques de Souza, Ayla Joanna Santos Cadete,Douglas Vasconcelos Correia, Randrey Richard Level Marques e Luiz Guilherme Silva França.
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Fruto de edital da Pró-Reitoria de Pesquisa do IFRR (Propespi) de 2024, do Campus Novo Paraíso do Instituto Federal de Roraima (CNP/IFRR) conquistou um importante reconhecimento nacional com o projeto O projeto foi premiado com o 3º lugar na categoria “Academia” do Prêmio de Inovação Aquícola da Aquishow, um dos maiores eventos da aquicultura do país.
Realizada no final de maio em Uberlândia (MG), a Aquishow reuniu especialistas e profissionais do setor para discutir as novas fronteiras da aquicultura. O projeto do IFRR se destacou entre as pesquisas e tecnologias desenvolvidas em instituições de ensino e pesquisa, demonstrando a importância da inovação e da sustentabilidade na produção de pescado.
De acordo com o coordenador do projeto, Ellano José da Silva, o objetivo do projeto é melhorar a qualidade de água no cultivo de tambaqui curumim utilizando diferentes plantas aquáticas, chamadas de macrófitas. “Essas plantas absorvem elementos químicos que diminuem a qualidade de água, como restos de ração e excretas (fezes e urina) dos peixes, mantendo a água com parâmetros físico-químicos ideais sem necessidade de trocas de água, reduzindo seu consumo e assegurando a sustentabilidade do sistema”, explicou.
Embora ainda esteja em desenvolvimento, os resultados práticos obtidos até o momento são promissores e levaram à premiação. O coordenador destaca que a equipe está muito satisfeita com a conquista. “Enquanto pesquisadores, frequentemente enfrentamos desafios relacionados à valorização do nosso trabalho. Esse reconhecimento não apenas valida nossos esforços, mas também amplia a visibilidade e o impacto de nossa pesquisa”, disse.
O projeto tem potencial de geração de patente e pode ter um impacto significativo na aquicultura, reduzindo o consumo de água e aumentando a sustentabilidade do sistema.