O projeto Saúde digital da Universidade Federal de Roraima (UFRR), ganhou em terceiro lugar no programa PET-Saúde: Informação e Saúde Digital. O projeto entrou no top 3 entre os 259 propostas avaliadas no Brasil.
Intitulado: “Saúde Digital: do letramento digital à transformação digital – Inovação Tecnológica como Ferramenta de Acesso à Saúde em Áreas Remotas”, o projeto tem como objetivo formar profissionais de saúde e usuários do SUS para o uso consciente das tecnologias digitais. A proposta foi a mais bem avaliada da Região Norte.
Para o coordenador do Núcleo de Telessaúde da UFRR, o professor Júlio Fraulob, o resultado demonstra o reconhecimento da qualidade técnica da universidade em um edital nacional estratégico para o futuro do SUS.
“A classificação em terceiro lugar demonstra a capacidade da UFRR de responder a desafios estruturais como distância, conectividade e logística no contexto amazônico. Este projeto surge da experiência da universidade em Telessaúde, da sua articulação com o SUS no Estado e do domínio técnico sobre o território. Essa combinação nos permite propor ações consistentes, alinhadas às demandas reais das populações em áreas remotas “, destacou o coordenador.
O projeto aprovado pela UFRR, visa promover o acesso à saúde em regiões de difícil deslocamento em município do Estado. Aalém das áreas indígenas cobertas pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Yanomami e Ye’kwana e Leste de Roraima.
O Saúde Digital busca uma abordagem intercultural e participativa. Visando melhorar o acesso à saúde por meio de tecnologias de telessaúde, o projeto também valoriza e respeita os modos de vida das comunidades locais.
O PET-Saúde Digital é uma iniciativa dos ministérios da Saúde e da Educação que integra ensino, serviços de saúde e comunidades para promover a transformação digital do SUS, com foco na criação de soluções tecnológicas que ampliem o acesso e melhorem a gestão do cuidado, especialmente em áreas com pouca infraestrutura.
Resumo das ações propostas
Grupos tutoriais, compostos por docentes, preceptores do SUS, orientadores de serviço e estudantes de diversas áreas, atuarão na integração entre ensino, serviço e comunidade, priorizando a saúde digital. Profissionais, estudantes e usuários do SUS receberão capacitação para o uso crítico e ético de tecnologias de telessaúde. As atividades realizadas nos DSEIs Yanomami e Leste de Roraima incluirão o respeito aos saberes tradicionais e soluções digitais colaborativas e culturalmente sensíveis.
O projeto articula suas ações com órgãos estaduais, municipais e da universidade. Seguindo seguindo uma abordagem intercultural e interdisciplinar, alinhada ao Programa SUS Digital e ao princípio da soberania digital. Visando reorganizar fluxos assistenciais, qualificar o cuidado e ampliar o acesso à saúde em regiões com baixa infraestrutura.