
O 5º ciclo do projeto OMUNGA iniciou nesta segunda-feira (24), no Uiramutã e segue até a próxima quarta-feira (3), reunindo mais de cem professores, a maioria indígenas. Os livros que os educadores estão produzindo serão publicados em três línguas maternas, macuxi, patamona e ingaricó.
Com o tema “Registros Culturais do Meio Ambiente” o projeto OMUNGA é um empreendimento social que atua em várias regiões do país com projetos educacionais voltados a comunidades de difícil acesso.
No Uiramutã, a proposta prevê a produção de livros escritos pelos próprios povos originários e a criação de bibliotecas comunitárias. O município, considerado o mais indígena do Brasil, participou de seis ciclos ao longo de dois anos. O primeiro foi realizado em abril de 2024.
A abertura deste ano contou com apresentações de crianças e adolescentes indígenas, que dançaram e cantaram músicas tradicionais no malocão da comunidade.

O secretário de Educação do Uiramutã, Damázio de Souza Gomes, comentou que o OMUNGA é um projeto importante para os professores e alunos.

“Os livros que estão sendo produzidos pelos próprios indígenas serão publicados em três línguas maternas, macuxi, patamona e ingaricó”, pontuou.
O fundador da OMUNGA, Roberto Pascoal, falou sobre o trabalho realizado no município e ressaltou a relevância de registrar o conhecimento ancestral.

“Eles são os guardiões de todo esse conhecimento, por isso me sinto honrado em contribuir com a construção dessas memórias”, afirmou.
Ao final do sexto e último ciclos do projeto que ainda não tem data definida, serão apresentados dois livros produzidos pelos professores indígenas, além de um livro fotográfico e um documentário sobre o processo.
Durante o evento, foram entregues três mil livros didáticos doados por várias regiões do Brasil. O material será distribuído entre 57 escolas municipais e estaduais do Uiramutã.
