
A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Roraima (Sinduerr) divulgou uma nota pública nesta terça-feira (21) em defesa dos professores da instituição, após a Operação Meritum, da Polícia Federal (PF), deflagrada para investigar supostas fraudes em concurso público e no vestibular de Medicina da universidade.
Na nota, o sindicato expressa “profunda indignação diante das novas denúncias de corrupção envolvendo membros da atual e da anterior gestão da UERR”, e afirma que os docentes “são vítimas diretas da destruição institucional promovida por gestões marcadas pela ilegalidade, pela falta de transparência e pelo desrespeito às finalidades da universidade pública”.
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A Operação Meritum foi deflagrada na última semana e apura fraudes em processos seletivos supostamente cometidas pelo ex-reitor Regys Freitas, que teria manipulado resultados de concursos e vestibulares para favorecer pessoas próximas, incluindo a própria esposa e uma familiar de uma autoridade, segundo a PF.
O Sinduerr afirma que os escândalos “se somam a uma série de investigações anteriores sobre desvios milionários de recursos públicos e corrupção sistêmica dentro da universidade”, e acusa gestões passadas de terem “usurpado a instituição, transformando-a em instrumento de interesses privados e de poder pessoal”.
O sindicato destacou que as denúncias em curso “em nada correspondem à conduta do corpo docente da UERR”, e defendeu que os professores continuam sustentando “com dignidade e compromisso público, a missão de formar profissionais qualificados e cidadãos críticos”.
Segundo o documento, “a destruição sistemática da imagem institucional promovida por maus servidores afeta e ofusca reiteradamente o trabalho de ensino, pesquisa e extensão desenvolvido com seriedade e qualidade pela maioria dos docentes da UERR”.
O Sinduerr também reforça que “a defesa dos professores da UERR é, portanto, a defesa da própria universidade pública”, e cobra “rigor absoluto nas investigações e na responsabilização dos culpados”.
Por fim, o sindicato pede eleições transparentes e democráticas para a Reitoria, consideradas “passo indispensável para restaurar a autonomia e a confiança da sociedade na universidade”, e conclui que “a reconstrução da UERR depende do respeito à sua comunidade e da valorização de seus professores, os verdadeiros pilares da instituição”.