O diretor-geral em exercício Jefferson Dantas se emocionou ao exaltar as qualidades de Josefa Matos. A diretora-geral morreu nesta quinta-feira (12), aos 64 anos, vítima de insuficiência cardíaca.
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Assim, Dantas concluirá o mandato da colega em dezembro deste ano, quando haverá novas eleições para a diretoria-geral do Sinter. Para ele, Josefa Matos era uma “artista da negociação” das demandas da categoria.
“É uma grande perda para toda a categoria de técnicos e professores, pelo trabalho… [chora] que ela desenvolveu pelo sindicato, com muitas lutas e muitas vitórias […]. Ela não precisava gritar, ir para o confronto, tinha capacidade que poucos têm – que é a capacidade negocial. É uma arte você abrir as portas, sentar, ouvir o outro lado e reconhecer o que dá pra fazer e o que não dá pra fazer”, declarou.
Da atual gestão, o professor destaca conquistas como os 42% de reposição salarial para a categoria e a criação de um plano de carreira exclusivo para técnicos da Educação.
Jefferson Dantas se emocionou uma segunda vez, durante entrevista à Folha BV, ao falar da pressão de assumir o cargo por razões de saúde da diretoria titular.
“Eu já assumi este sindicato duas vezes por morte de companheiros, por doenças, ocasionadas às vezes pela falta de compreensão… [de sindicalizados]”, chora, ao falar da pressão interna por mais efetividade da diretoria na luta por demandas da categoria.
Dantas também disse que “nunca quis assumir o sindicato nestas condições” e revelou que tinha esperança do retorno de Josefa Matos para o cargo.
No entanto, ele prometeu manter a fórmula de trabalho da diretora-geral até a próxima eleição.
“Ela deixou a fórmula de trabalho, que é o esgotamento das negociações. Você tem que fazer o máximo pra negociar”, complementou.