Um estudo inédito revela que a taxa de 50% do presidente estadunidense Donald Trump sobre os produtos brasileiros poderia encolher o PIB (Produto Interno Bruto) de Roraima em R$ 13 milhões. Em números gerais, o Estado será o menos afetado pela medida que começará a valer em 1º de agosto.
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O levantamento é do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada do Cedeplar (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A pesquisa conclui que a produção de todas as riquezas do Estado pode diminuir apenas 0,06%.
Assim, proporcionalmente, Roraima será a quinta unidade federativa menos afetada, atrás apenas de Distrito Federal (-0,05%), Sergipe (-0,05%), Piauí (-0,04%) e Rio Grande do Norte (-0,04%).
Por outro lado, as perdas proporcionais serão maiores em Amazonas (-0,67%), Santa Catarina (-0,31%), Mato Grosso do Sul (-0,29%), Pará (-0,28%) e Paraná (-0,27%).
Em números gerais, São Paulo será o Estado mais afetado, com queda de R$ 4,46 bilhões (-0,13%), seguido por Rio Grande do Sul, com menos R$ 1,92 bilhão (-0,25%); Paraná, com perda de R$ 1,91 bilhão (-0,27%, Santa Catarina, com impacto negativo de R$ 1,73 bilhão (-0,31%), e Minas Gerais, com recuo de R$ 1,66 bilhão (-0,15%).
Aumento do custo de vida em Roraima
O estudo não especifica, por estado, os setores mais impactados pelo tarifaço. No entanto, instituições locais como Fecomércio-RR, Sebrae-RR e a Aprosoja-RR, além do economista Fábio Martinez, já alertaram que a medida vai aumentar custo de vida em Roraima, com a alta do dólar e da inflação. A nível local, isso vai repercutir em aumento nos preços aos empresários de todos os setores e ao consumidor final.
Isso apesar dos Estados Unidos serem o 12º principal parceiro comercial de Roraima. Em 2024, eles fecharam com 5,5 milhões de dólares em volume de comércio. O País representou apenas 0,3% das exportações e 14,2% das importações do Estado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Conforme o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roraima fechou 2022 com um PIB de R$ 21,1 bilhões. Proporcionalmente, o crescimento anual do Estado foi o maior do Brasil, com 11,3%.
PIB do Brasil encolheria R$ 19,2 bilhões
Ainda de acordo com a pesquisa da UFMG, o PIB do Brasil recuaria R$ 19,2 bilhões (-0,16%) e resultaria em menos 110 mil empregos. O agro seria o setor mais atingido, com 41 mil postos de trabalho extintos. Produtos como carne de aves, café, açúcar, tratores e máquinas agrícolas também devem sofrer retração expressiva nas exportações.
