Autoridades estaduais , municipais e federais participaram nesta quarta-feira, 19, da solenidade de concretização de acordo para as obras da interligação Manaus – Boa Vista, o chamado Linhão de Tucuruí.
O evento contou com a presença do ministro das Minas e Energia Adolpho Sachsida, o presidente da Eletrobrás Wilson Ferreira Júnior e o governador de Roraima Antonio Denarium (PP), além de deputados federais como Jhonatan de Jesus e Hiran Gonçalves e senadores Mecias de Jesus e Chico Rodrigues, além de deputados estaduais e prefeitos de oito municípios do Estado..
Transição Energética

Em seu discurso, o ministro das Minas e Energia Adolpho Sachsida falou sobre a importância da linha de transmissão para o Brasil e para Roraima
“Esse é o momento do Brasil. Essa transição enérgica é essencial e aqui quando falamos do linhão pensamos em energia, mas não é só isso. Fazer o linhão vai reduzir o custo de energia do país inteiro. E também é nosso maior projeto ambiental pois vai reduzir o combustível fóssil usado em Roraima. Energia é consumo básico. Mais emprego, renda, choque positivo em oferta de energia. E é preciso esclarecer que sem o trabalho forte do governador o Linhão não sairia” concluiu.
Fibra Ótica

“É dificil fazer obra na Amazônia mas essa obra que vai interligar Boa Vista ao Sistema Nacional vai fazer com que o Estado seja ainda melhor. É uma obra muito grande, são mais de 1300 torres de 80 metros, o equivalente a 27 andares e cada uma pesa 29 toneladas” explicou confirmando que o linhão também servirá para trazer fibra ótica ao Estado de Roraima.
“Nós vamos passar 730 quilômetros de fibra ótica em todos os municípios de Roraima, o que será fundamental para a evolução do Estado. Isso sem falar na segurança Energética e na redução do óleo diesel o que vai diminuir os gases do efeito estufa em mais da metade. Isso era um sonho antigo e vou acompanhar de perto a execução da obra. Parabéns ao governador Denarium por mais essa ação”
A linha de transmissão de Tucuruí é esperada há 30 anos pela população do Estado e vai interligar Roraima ao SIN (Sistema Interligado Nacional), permitindo redução estrutural de custos de energia para todos os consumidores brasileiros.
A solenidade aconteceu no palácio senador Helio Campos, após uma tempestade impedir o evento marcado anteriormente na subestação Boa Vista, da Eletronorte, localizada no km 521 da BR-174, região do Monte Cristo.
Agradecimento a Bolsonaro

“A obra foi feita em minha gestão com o comprometimento do presidente Bolsonaro. Eu só fiz o compromisso da transferência das terras e do linhão após a visita de Bolsonaro ao Estado e a garantia de que se ele fosse eleito presidente nós teríamos a transferência de terras e o linhão de Tucurui. Agora vamos retribuir esse empenho do nosso presidente em ajudar o desenvolvimento de Roraima” concluiu o governador
A obra
Nos próximos 36 meses, serão construídos cerca de 715 km de linha de transmissão. deste total, 425 km passarão pelo estado de Roraima e 290 km no Amazonas, margeando a BR-174, rodovia federal que liga as duas capitais brasileiras. Do total, cerca de 122 km da linha de transmissão está dentro da terra indígena waimiri-atroari, onde serão erguidas 250 torres.
Roraima é o único estado brasileiro não integrado ao sistema interligado nacional, sendo abastecido desde 2001, por energia elétrica produzida na Venezuela e, secundariamente, por termelétricas locais.
Cronologia
Quando o governador Antonio Denarium assumiu o estado, colocou o projeto do linhão de Tucuruí, que estava parado no Supremo Tribunal Federal como prioridade e trabalhou junto ao Governo Federal, para que as obras finalmente acontecessem.
Em 31 de maio de 2019, após pedido do governador o presidente Jair Bolsonaro determinou a realização do 1º leilão para suprimento para Boa Vista e localidades conectadas, contratando usinas para suprir a demanda de sistemas isolados.
O certame resultou na contratação de 9 empreendimentos de variadas fontes, totalizando 294 mw de potência.
Em 2021, o presidente da república, Jair Bolsonaro, veio a Roraima e concedeu a autorização de instalação e a licença ambiental para início da obra.
Em agosto de 2022, a justiça revogou a suspensão da obra e foram reiniciadas as negociações com as comunidades da terra indígena waimiri-atroari, por onde passará a linha de transmissão de energia elétrica. O acordo judicial prevê uma compensação ambiental no valor de cerca de R$ 180 milhões.