Uma recente operação da Polícia Federal revelou uma das maiores fraudes já registradas contra aposentados do INSS, envolvendo descontos indevidos em benefícios. O caso acendeu um alerta sobre a vulnerabilidade desse público diante de golpes financeiros, especialmente entre os que têm menor familiaridade com o meio digital.
Para ajudar os beneficiários a se protegerem, a Serasa divulgou nove orientações práticas que podem evitar prejuízos e o uso indevido de dados pessoais. De acordo com a gerente executiva de soluções da Serasa, Patrícia Camillo, os golpistas se aproveitam da necessidade de atualização cadastral para abordar as vítimas por telefone, e-mail ou mensagens, se passando por representantes do INSS ou instituições financeiras.
“Sem desconfiar, a vítima acaba cedendo dados importantes ao criminoso, que costuma coagir e explorar vulnerabilidades, exigindo informações pessoais ou até depósitos urgentes”, explica.
Entre os golpes mais comuns estão os falsos empréstimos consignados e promessas de adiantamento do 13º salário. A recomendação é que todas as ações relacionadas ao benefício sejam feitas exclusivamente pelo Meu INSS, na plataforma gov.br.
Dicas
- Realize atualizações de dados apenas no portal Meu INSS (gov.br). Nunca compartilhe senhas ou informações pessoais.
- Verifique mensalmente o extrato de pagamento do benefício para identificar possíveis descontos suspeitos.
- Faça a biometria facial apenas pelo aplicativo gov.br.
- Mantenha seus dados de contato atualizados no Meu INSS ou pelo telefone 135.
- Não forneça informações por telefone, e-mail ou mensagens de texto.
- Não clique em links enviados por SMS. O único número oficial do INSS é o 280-41.
- Sempre acesse o Meu INSS para confirmar comunicações recebidas.
- Use apenas os canais oficiais para agendamentos ou envio de documentos.
- O INSS não solicita fotos de documentos nem entra em contato direto com o segurado para pedir dados.
O que fazer se cair em um golpe?
Se a fraude já tiver ocorrido, o ideal é agir o quanto antes. A Serasa orienta:
- Registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil;
- Fazer uma reclamação no INSS, pelo site da Ouvidoria ou pelo número 135;
- Denunciar o caso ao banco, se o golpista tiver se passado por um atendente bancário;
- Procurar o Procon em caso de prejuízo financeiro;
- Buscar orientação jurídica, se necessário.
Patrícia também destaca a importância de monitorar o CPF para detectar movimentações suspeitas. “A atitude preventiva e o monitoramento constante dos dados ajudam a proteger o nome e evitam dores de cabeça”, afirma.
Para reforçar a segurança, a Serasa oferece o serviço Serasa Premium, que envia notificações sempre que houver consultas ao CPF ou abertura de empresas no nome do usuário. Mais informações estão disponíveis no site: serasa.com.br/premium.