Roraima registrou 7.255 tentativas de fraude no primeiro trimestre de 2025. Apesar de ser o menor número absoluto entre os estados da região Norte, o volume representa uma alta de 26% em relação ao mesmo período do ano passado — a terceira maior variação da região, atrás apenas de Amazonas e Pará, ambos com 27%.
Os dados são do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, que monitora mensalmente os ataques cibernéticos e crimes de identidade no país. O estado teve uma média de uma tentativa de golpe a cada 17,9 minutos no trimestre. Já a taxa proporcional à população foi de 3.315 fraudes por milhão de habitantes — também a menor entre os sete estados nortistas.
Ao todo, a região Norte contabilizou 252.873 tentativas de fraude no primeiro trimestre, o que equivale a 7,3% do total nacional. O Pará liderou em volume de ocorrências (117.672), seguido pelo Amazonas (58.956) e Rondônia (25.717).
Em todo o país, mais de 3,4 milhões de fraudes foram evitadas no período, um aumento de 22,9% na comparação anual. A maior parte das tentativas foi direcionada ao setor de bancos e cartões (54%), com destaque também para os segmentos de serviços (31,9%) e financeiras (6,7%).
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Para o diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, o aumento das investidas está ligado à sofisticação das estratégias criminosas. “O uso de inteligência artificial e engenharia social tem potencializado os golpes. É fundamental que empresas adotem soluções integradas e invistam em educação para que os consumidores saibam se proteger”, alertou.
Bancos e cartões concentram maioria dos ataques
Ainda conforme os dados, o setor mais visado pelos golpistas foi o de bancos e cartões, que concentrou 54% das tentativas de fraude identificadas no primeiro trimestre. Em seguida aparecem os segmentos de serviços (31,9%) e financeiras (6,7%).
As fraudes são, em sua maioria, identificadas por inconsistências em dados cadastrais e falsificação de documentos. A Serasa destaca ainda o uso de inteligência artificial pelos criminosos para criar abordagens personalizadas e aumentar o poder de convencimento das investidas.
Idosos estão entre os mais visados
Embora a faixa etária entre 36 e 50 anos concentre o maior número de fraudes no Brasil, os consumidores acima dos 60 anos apresentaram o maior crescimento proporcional: alta de 7,9% em março na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Também houve aumento de 3,7% entre consumidores de 51 a 60 anos.
A tendência indica que os golpistas têm direcionado cada vez mais suas ações às camadas mais velhas da população, que muitas vezes são mais vulneráveis às estratégias.