A partir de 1º de outubro, os usuários do Pix terão acesso a mudanças que prometem mais segurança e agilidade no combate a fraudes. O Banco Central (BC) anunciou alterações no Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021, que agora poderá ser acionado de forma totalmente digital, diretamente nos aplicativos dos bancos, sem a necessidade de contato com centrais de atendimento.
Com a novidade, vítimas de golpes ou transferências feitas sob coerção poderão contestar a transação de forma mais simples. As informações foram divulgadas no portal da Agência Brasil. O processo ficará mais rápido e, segundo o BC, isso aumenta as chances de os valores ainda estarem disponíveis na conta do fraudador, o que facilita a devolução.
Outra mudança importante entra em vigor no dia 23 de novembro: a devolução poderá ser feita a partir de outras contas ligadas ao fraudador, e não apenas da conta que recebeu o valor indevidamente.
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Segundo o Banco Central essa atualização busca impedir que criminosos esvaziem rapidamente a conta principal, dificultando a recuperação do dinheiro. Inicialmente, essa funcionalidade será opcional, mas passará a ser obrigatória em fevereiro de 2026.
Além disso, o novo sistema permitirá identificar o caminho percorrido pelos recursos após a fraude. Essas informações serão compartilhadas entre as instituições financeiras, ajudando não só na devolução dos valores, mas também na inibição do uso recorrente de contas para golpes.
O Banco Central destaca que o MED continua restrito a casos de fraudes ou erros das próprias instituições financeiras. Situações como desentendimentos comerciais ou transferências para a chave errada, causadas por erro do usuário, não se enquadram nas novas regras. Com as mudanças, a expectativa é que o Pix, meio de pagamento mais usado no país, se torne ainda mais seguro e eficaz no enfrentamento às tentativas de fraude.
