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Número de famílias endividadas em Roraima bate recorde em julho

90% das famílias em Roraima estão com alguma dívida, aponta a Confederação Nacional do Comércio (CNC)

Número de famílias endividadas em Roraima bate recorde em julho Número de famílias endividadas em Roraima bate recorde em julho Número de famílias endividadas em Roraima bate recorde em julho Número de famílias endividadas em Roraima bate recorde em julho
(Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
(Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O número de famílias endividadas em Roraima bateu recorde em julho, alcançando 90% das famílias. Um aumentando de 2,9% na comparação com o mês passado e de 6,8% na comparação com mesmo período de 2022.

Os dados são da PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo o economista e assessor econômico da Fecomércio/Roraima, Fábio Martinez, “em Roraima, ao todo, existem mais de 91 mil famílias com dívidas, tendo 9,8% delas muito endividadas. Mais da metade dessas famílias possuem também alguma conta em atraso, o que eleva o número de famílias inadimplentes para 48,2%. É um recorde e terceiro maior percentual em toda a série histórica”, finaliza Martinez.

Em média, as contas estão atrasadas há 59 dias, sendo que apenas 35,8% das famílias inadimplentes têm condições de pagar os débitos em agosto. As dívidas têm um parcelamento médio de 6,7 meses, e acabam comprometendo 29,5% da renda das famílias roraimenses. O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, seguido dos carnês e crédito pessoal.

Programa Desenrola

O Programa Desenrola, medida do governo federal que iniciou em julho, propôs a renegociação de dívidas bancárias de pessoas com renda entre R$ 2,6 mil e R$ 20 mil. Isso fez com que a proporção de endividados na classe média diminuísse em julho em outros Estados brasileiros.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforça a importância da Peic no cenário nacional. Isso porque a pesquisa foi utilizada pelo próprio governo federal na construção do programa. Segundo Tadros, “com o início da trajetória de queda da taxa de juros, é esperado um movimento de melhora das condições de compra do brasileiro, o que é positivo para a economia como um todo”.

Endividamento aumenta entre os mais pobres

No Brasil, ainda sem Programa Desenrola para os consumidores de renda baixa (que recebem até 3 salários mínimos), a proporção de endividados começa o segundo semestre também em ligeira alta, de 0,1%, estabelecendo-se em 79,4% desse grupo. O volume de inadimplentes subiu 0,3% e atingiu 37,3%, e o daqueles que afirmaram não ter condições de pagar dívidas atrasadas há mais tempo teve aumento de 0,2%, chegando a 16,6%.

Os consumidores com até 2 salários mínimos com CPF negativado por conta de dívidas de até R$ 5 mil são o público priorizado pelo Desenrola, mas a operação do programa para esse grupo começa somente em setembro.

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