
Roraima registrou 14.343 tentativas de fraude digital barradas no primeiro semestre de 2025, segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. Apesar do volume baixo em comparação a outros estados, o crescimento foi expressivo: alta de 35,2% em relação ao mesmo período do ano passado, acima da média nacional de 29,5%.
Na região Norte, o avanço também foi significativo, com aumento de 34,6%. O Pará liderou em número de ocorrências, com 231 mil, seguido do Amazonas (115,8 mil) e Rondônia (51,3 mil). Já Acre (21,8 mil), Amapá (19,9 mil) e Roraima (14,3 mil) figuraram entre os menores volumes.

Cenário nacional
No Brasil, foram 6.937.832 tentativas de fraude registradas de janeiro a junho, o que equivale a uma ocorrência a cada 2,3 segundos. O avanço representa 29,5% a mais que no mesmo período do ano passado.
Mais da metade das ações criminosas (53,7%) teve como alvo bancos e emissores de cartões, com média de uma ocorrência a cada 4,2 segundos. Outros segmentos também apresentaram crescimento expressivo: telefonia (+50%), serviços (+30,2%), financeiras (+25,5%) e varejo (+11,7%).
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Para o diretor de Autenticação e Prevenção a Fraudes da Serasa Experian, Caio Rocha, a concentração dos ataques no sistema financeiro está ligada ao retorno financeiro rápido. “Ao invadirem contas bancárias, obter dados de cartões ou contratar crédito em nome de terceiros, os criminosos aplicam golpes que podem render valores mais altos, com baixo risco de exposição”, explicou.

Prevenir e ficar em alerta
Para o diretor, o aumento acompanha tanto a digitalização quanto a sofisticação das técnicas usadas por criminosos. “Esse cenário exige soluções em múltiplas camadas, com verificação de identidade, biometria e análise de comportamento em tempo real. Ao mesmo tempo, é fundamental que consumidores estejam preparados para se proteger”, destacou Rocha.
Por isso, a recomendação é adotar múltiplas camadas de segurança, como biometria, verificação de identidade e monitoramento em tempo real. A empresa reforça ainda a importância da conscientização do consumidor: usar senhas fortes, desconfiar de links suspeitos, monitorar o CPF e nunca fornecer códigos de acesso fora dos canais oficiais.