Objetivo é gastar, mas de forma consciente (Foto: Divulgação)
Objetivo é gastar, mas de forma consciente (Foto: Divulgação)

Com a aproximação do fim do ano, órgãos de defesa do consumidor alertam que o planejamento financeiro precisa começar antes das festas, justamente para evitar que os gastos de dezembro comprometam o orçamento dos meses seguintes. Presentes, confraternizações, ceia e viagens costumam concentrar despesas em pouco tempo, o que aumenta o risco de endividamento quando não há controle prévio.

Os órgãos de defesa orientam que o consumidor faça uma lista realista de todos os gastos previstos para o período e estabeleça um limite máximo para cada um deles. A recomendação é definir quanto pode ser gasto com presentes, alimentação e lazer antes de sair às compras. Esse controle ajuda a evitar compras por impulso, comuns em dezembro, e impede que o cartão de crédito seja usado além da capacidade de pagamento.

Outro alerta recorrente dos órgãos de defesa do consumidor é sobre o uso do cartão de crédito e dos parcelamentos. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destaca que parcelas assumidas em dezembro continuam impactando o orçamento nos primeiros meses do ano, quando despesas fixas como impostos, material escolar e contas acumuladas voltam a pesar. Por isso, a orientação é priorizar o pagamento à vista sempre que possível e evitar comprometer a renda futura com compras que não são essenciais.

Em relação ao 13º salário, entidades como a Serasa e educadores financeiros reforçam que o benefício não deve ser encarado como dinheiro extra para gastar sem planejamento. A recomendação é usar parte do valor para quitar dívidas, especialmente aquelas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. Quitar ou reduzir esses débitos antes das festas ajuda a liberar o orçamento e evita o acúmulo de contas no início do ano.

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Órgãos de proteção financeira também orientam que o consumidor reserve uma pequena margem para imprevistos, mesmo em dezembro. Gastos inesperados continuam acontecendo durante as festas, e recorrer ao crédito emergencial pode gerar juros elevados. Planejar esse “respiro financeiro” é uma forma de evitar decisões apressadas em situações de urgência.

Por fim, especialistas reforçam que planejamento não significa abrir mão das comemorações, mas fazer escolhas conscientes. Comparar preços, pesquisar antes de comprar, evitar compras por emoção e respeitar os próprios limites financeiros são atitudes simples que fazem diferença. Com organização e atenção às orientações dos órgãos de defesa do consumidor, é possível aproveitar o fim de ano sem começar o próximo já endividado.