Uma das práticas mais comuns é a elevação de preços nas semanas que antecedem a Black Friday. (Foto: Divulgação)
Uma das práticas mais comuns é a elevação de preços nas semanas que antecedem a Black Friday. (Foto: Divulgação)

Com a chegada da Black Friday, marcada para o dia 28 de novembro, consumidores de todo o país já começam a acompanhar preços e promoções. Mas, junto com os descontos, cresce também o número de fraudes virtuais, que seguem liderando o ranking de golpes no Brasil.

O professor Anderson Cruz, especialista em tecnologia e docente do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Estácio, destacou que é possível aproveitar as ofertas sem cair em armadilhas digitais, desde que o consumidor adote uma postura preventiva.

professor Anderson Cruz, especialista em tecnologia e docente do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. (Foto: Divulgação)

“Antes de comprar, é importante saber se o desconto é real. O ideal é acompanhar o preço do produto desde o fim de setembro, para evitar cair em truques de lojas que aumentam o valor antes de anunciar o desconto”, orientou o especialista.

Desconto real ou golpe?

Uma das práticas mais comuns é a elevação de preços nas semanas que antecedem a Black Friday. Cruz recomendou o uso de sites de comparação de preços e alertou para ofertas “boas demais para ser verdade”.

Ele também ressaltou a importância de verificar a reputação do vendedor. “Antes de inserir os dados do cartão, veja se o site tem o cadeado de segurança e o endereço começa com https. Depois, consulte a empresa em plataformas como o Reclame Aqui”, comentou.

Atenção ao PIX e boletos

Desde que o PIX se popularizou, as transações se tornaram mais rápidas e, com isso, os golpes mais sofisticados. O professor alertou que é fundamental conferir o destinatário antes de concluir o pagamento.

“Se o PIX ou o boleto estiver em nome de pessoa física, e não da loja, desconfie. Um boleto legítimo do Mercado Livre, por exemplo, não pode estar no nome de ‘José da Silva’. Isso indica fraude”, reforçou Cruz.

Outra dica é usar cartões virtuais temporários, que expiram em poucas horas e reduzem o risco de clonagem.

E-mails falsos e armadilhas digitais

Cruz explicou que o phishing, golpe em que criminosos se passam por empresas conhecidas para roubar dados, está cada vez mais sofisticado. “Esses e-mails chegam com promoções atrativas e levam o consumidor a páginas falsas. Hoje, os golpistas trabalham de forma profissional, e a diferença é quase imperceptível”, destacou.

A recomendação é nunca clicar diretamente em links recebidos por e-mail ou mensagem. O ideal é acessar o site oficial da loja e confirmar se a promoção realmente existe.

Cuidados com idosos e jovens

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O especialista também chamou atenção para a necessidade de orientar idosos e adolescentes, que podem ser mais vulneráveis às falsas ofertas. “Nessas faixas etárias, o impulso de comprar ou a falta de experiência digital facilita o golpe. É importante que familiares orientem e acompanhem”, advertiu.

Outro sinal de alerta é quando a loja tenta concluir o pagamento fora da plataforma oficial. “Se o pedido é cancelado e o consumidor recebe mensagem no WhatsApp para refazer o pagamento, é golpe. Lojas sérias não agem assim”, ressaltou o professor.

Mais do que uma temporada de descontos, a Black Friday se tornou um teste de atenção digital. Comparar preços, checar a procedência dos sites e desconfiar de ofertas milagrosas são atitudes que garantem uma compra segura e sem prejuízos.