A Black Friday, uma das datas mais aguardadas pelos consumidores, já se tornou tradição para quem gosta de comprar e economizar. No entanto, uma pesquisa recente mostra que, embora 72% dos brasileiros se planejam financeiramente para o evento, 23% já ultrapassaram o limite do cartão de crédito em edições anteriores e 12% se endividaram ao aproveitar os descontos.
O levantamento aponta que, em 2025, os brasileiros estão mais cautelosos com os gastos na Black Friday, mas seguem motivados a aproveitar as ofertas. Conforme a pesquisa, 42% garante que vai aproveitar a data, enquanto 41% apontam o preço como principal fator de decisão na hora de escolher produtos e serviços.
O especialista em educação financeira do Serasa, Rodrigo Costa, pontuou que a Black Friday pode ser uma excelente oportunidade para quem se planeja, mas também um grande risco para quem confunde desconto com permissão para gastar mais.
“O ideal é comparar preços com antecedência, definir um limite de gastos e evitar parcelamentos longos, que comprometem o orçamento pelos meses seguintes”, orientou o especialista.
Entre os produtos mais buscados, os eletrônicos lideram a preferência, com 41% dos consumidores interessados em celulares, TVs e computadores. Eletrodomésticos aparecem em seguida (35%), seguidos por pagamento (32%) ou parcelamento de dívidas (25%), refletindo a preocupação com a reorganização financeira diante do cenário econômico atual.
A pesquisa do Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box revelou também que antes de comprar, seis em cada dez consumidores pesquisam e comparam preços para garantir o melhor negócio.
“As principais motivações para participar da Black Friday incluem aproveitar descontos (39%), comprar algo já planejado (19%) e repor produtos de uso frequente por valores mais baixos (12%)”, acrescentou o especialista.
O e-commerce segue como o canal preferido para compras durante a Black Friday (47%), seguido por lojas físicas (44%) e aplicativos de lojas e marketplaces (28%). Quanto às formas de pagamento, o cartão de crédito parcelado será o mais usado (44%), seguido por Pix (34%), crédito à vista (10%), boleto (8%) e débito online (3%).