ESSEQUIBO

Tribunal da ONU proíbe Venezuela de realizar eleições para território da Guiana

Área que representa 74% da Guiana é alvo de um litígio centenário entre os países. Venezuela está proibida até de se preparar para o pleito

Tribunal da ONU proíbe Venezuela de realizar eleições para território da Guiana Tribunal da ONU proíbe Venezuela de realizar eleições para território da Guiana Tribunal da ONU proíbe Venezuela de realizar eleições para território da Guiana Tribunal da ONU proíbe Venezuela de realizar eleições para território da Guiana
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante declaração à imprensa por ocasião de sua visita ao Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Organização das Nações Unidas (ONU) proibiu, nesta quinta-feira (1º), a Venezuela de realizar eleições para o governo de Essequibo. O território que representa 74% da Guiana é alvo de um litígio centenário entre os países.

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Por 12 votos a 3, o tribunal decidiu provisoriamente que, enquanto não houver uma decisão final sobre o caso, Venezuela não poderá nem mesmo se preparar para realizar eleições para o território em disputa. Ademais, a Corte lembrou da decisão de dezembro de 2023, favorável à Guiana com o mesmo teor.

Em nota, o governo guianense reiterou o pedido para a Venezuela cumprir integralmente as ordens da CIJ e se abster de quaisquer ações contra a integridade territorial do País ou que perturbem a paz e a segurança da América Latina e do Caribe.

A Venezuela ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. No entanto, a posição do País é não reconhecer as decisões da CIJ, por acreditar que ela não tem jurisdição sobre o tema.

Além disso, a nação do ditador Nicolás Maduro sustenta que o litígio só pode ser resolvido por meio de negociações diretas, conforme previsto no Acordo de Genebra de 1966.

Tensão entre Venezuela e Guiana

A tensão entre os países sul-americanos tem aumentado desde 2023, quando a Venezuela, unilateralmente, promoveu um referendo popular para aprovar a anexação de Essequibo ao seu território.

No ano seguinte, apesar de proibido pela CIJ e de concordar em não escalar o conflito, Maduro promulgou a anexação da área.

Neste ano, a Venezuela convocou, para 25 de maio, eleições para governadores, deputados estaduais e federais. A convocação inclui a zona reivindicada, que o País chama de Guayana Esequiba.

Essa ação, então, motivou a Guiana a solicitar intervenção da Corte da ONU.

Quatro candidatos disputam o governo do território, sendo o almirante Neil Villamizar, ex-comandante da Marinha da Venezuela, o favorito a vencer o pleito. Hoje mesmo, Villamizar realizou atos de campanha em uma comunidade indígena do Sudeste do País.

Perfil Lucas Luckezie
Lucas Luckezie

Jornalista

Formado pela UFRR. Iniciou a carreira em 2013 na Folha, onde está em sua 2ª passagem. Já trabalhou na Câmara de Boa Vista e na afiliada da TV Globo (Rede Amazônica), além de ter colaborado com SporTV, Globo e CNN Brasil. Tem experiência multimídia como repórter, apresentador, editor-chefe e assessor.

Formado pela UFRR. Iniciou a carreira em 2013 na Folha, onde está em sua 2ª passagem. Já trabalhou na Câmara de Boa Vista e na afiliada da TV Globo (Rede Amazônica), além de ter colaborado com SporTV, Globo e CNN Brasil. Tem experiência multimídia como repórter, apresentador, editor-chefe e assessor.

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