Cotidiano

Yanomami do Amazonas recebem atendimento de saúde de profissionais da Expedicionários da Saúde

Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas e estudantes da organização “Expedicionários da Saúde” vão atender índios yanomami de 35 aldeias da região

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Quarenta e um profissionais de saúde chegaram hoje (31) à comunidade de Maturacá (AM), localizada a 800 km de Manaus, na fronteira com a Venezuela em uma aeronave C-99 da Força Aérea Brasileira (FAB) vindos de São Paulo.

Os médicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas e estudantes são da organização sem fins lucrativos “Expedicionários da Saúde” que vão atender índios da etnia yanomami de 35 aldeias da região. A expectativa é realizar 200 cirurgias e 1.500 atendimentos em sete dias.

“O nosso lema é: cuidando da saúde, preservando a floresta”, afirma o médico anestesiologista Guilherme Carvalho. O papel dele será participar de cirurgias oftalmológicas e de hérnia, dois dos problemas mais comuns entre os índios da região. “Quem tem hérnia não consegue fazer força. E na população indígena quem não faz força, quem não trabalha, é excluído da tribo”, explica.

Segundo o cirurgião Fábio Atuí, uma das filosofias do grupo é que enquanto os índios estiverem na floresta, a floresta estará em pé. “Por isso que nós não simplesmente levamos os pacientes para São Paulo. Os índios são os melhores zeladores da Médico Guilherme Carvalho Cb André Feitosa / Agência Força Aéreafloresta”, explica.

A maioria dos profissionais que embarcaram para a missão formou-se e trabalha no estado de São Paulo, especialmente em Campinas, onde se pratica uma das medicinas mais modernas do País. “O que eu dou é muito pouco perto do que eu ganho visitando essas pessoas. O que eu trago para a minha vida pessoal é impagável”, diz Guilherme Carvalho, com experiência de quinze expedições na Amazônia.

Já a médica Marcela Malafazzi é estreante. “É a primeira vez que vou ficar dentro da tribo em um hospital de campanha. É uma oportunidade única de levar atendimento médico para quem não tem acesso”, conta. Somente a ida até Maturacá já é uma experiência diferente: entre Campinas e São Gabriel da Cachoeira (AM) o voo acontece a bordo de um jato C-99. De lá, os médicos vão embarcar em um C-105 Amazonas, avião de transporte de tropa preparado para pistas de pouso menores, como a de Maturacá.

Nas comunidades indígenas, os profissionais de saúde vão trabalhar e dormir durante uma semana com militares de um Pelotão de Fronteira do Exército Brasileiro. Um helicóptero H-60 Black Hawk da Força Aérea Brasileira fará o traslado dos índios entre Maturacá e tribos da região do Alto Rio Negro.

O papel de apoio logístico da FAB na expedição Yanomami, também envolveu o transporte de medicamentos, material de apoio e de um centro cirúrgico móvel desenvolvido pelos Expedicionários da Saúde.

Fonte: Agência Força Aérea

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