Cotidiano

Voos para Boa Vista não devem ser afetados por greve de aeronautas

Apesar disso, aeroporto da capital recomenda que passageiros consultem as respectivas companhias aéreas e confirmem seus voos antes de se deslocarem ao terminal

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A greve de pilotos e comissários, anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para começar nessa segunda-feira (19), entre 6h e 8h (de Brasília), não deve afetar os voos para Boa Vista.

A Vinci Airports, empresa que administra o aeroporto de Boa Vista, informou que não havia previsão de que a paralisação dos aeronautas afetasse os voos na capital de Roraima.

“O terminal segue funcionando normalmente, contudo, a recomendação é de que os passageiros consultem as respectivas companhias aéreas e confirmem seus voos antes de se deslocarem ao aeroporto”, recomendou a Vinci, em nota.

O SNA ressaltou à Folha que o movimento se concentraria nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza, sem afetar as partidas de voos na capital de Roraima.

A Folha também procurou as companhias aéreas. A Latam se limitou a dizer que negocia com o SNA desde setembro para construir um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e que aguardava convocação de assembleia pela entidade para votação pelos tripulantes da empresa.

“Entendemos que o movimento de greve convocado para o dia 19/12 está relacionado à negociação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e não da negociação do ACT da LATAM”, disse.

A Azul disse que não comentaria o assunto. A Gol não respondeu à reportagem.

Mesmo após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidir, na sexta-feira (16), que 90% dos pilotos e comissários mantenham suas atividades durante o período da paralisação, o SNA confirmou o início da greve, convocada por tempo indeterminado, para essa segunda nas sete cidades, o que irá atrasar as decolagens de voos dos aeroportos das cidades.

Na decisão, a ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, do TST, também impôs multa de R$ 200 mil caso o SNA descumpra a determinação. A sentença atendeu parcialmente o pedido feito pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que solicitava o cancelamento total da greve, em detrimento da decisão pela paralisação, e multa de R$ 500 mil por dia.

De acordo com a magistrada, a greve tem aptidão para gerar graves impactos na sociedade, notadamente por ser aprovada em período de aumento da demanda no setor de transporte coletivo aéreo.

O SNA afirmou nesse sábado (17) que a categoria vai seguir seu “manual de greve”, em que mantém 100% dos tripulantes a postos, mas uma parcela deles (de 1% a 2%) vai atrasar alguns voos. Nenhum será cancelado e todas as viagens serão realizadas, ainda que após os horários agendados pelas companhias aéreas. Dessa forma, o SNA afirma que vai cumprir a decisão TST.

A principal reivindicação da categoria é a recomposição inflacionária dos salários e aumento real de 5%. Os aeronautas pedem também a definição de horários de folgas, proibição de alteração das escalas e cumprimento da regra de tempo mínimo em solo entre voos.

O Snea afirmou, em seu pedido ao TST, que desde a primeira reunião de negociação os aeronautas sinalizaram que não abririam mão do aumento. “Mesmo as empresas se esforçando ao máximo e apresentando proposta de reajuste de 100% do INPC, diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além de conceder outros pleitos sociais dos aeronautas”, informou a entidade.

Os aeronautas, por sua vez, argumentam que os altos preços das passagens aéreas aumentaram também os lucros.

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