Cotidiano

Volume de exportações aumenta 830% em um ano

Dados da Federação das Indústrias de Roraima apontam que volume de exportação do Estado foi em torno US$ 8,5 milhões em janeiro de 2019, bem maior do que em janeiro de 2018

A balança comercial do Estado, referente a janeiro de 2019, apontou um aumento de mais de 830% no volume de exportações, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. As informações foram divulgadas na terça-feira, 19, pela Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier).

Conforme a instituição, na comparação de janeiro de 2019 (US$ 8.538.018) com janeiro de 2018 (US$ 913.765), os dados econômicos mostram que as exportações roraimenses tiveram um aumento de 834,38% em suas relações econômicas com outros países.

Já quando comparado este resultado com o mês anterior, dezembro de 2018 (US$ 1.438.948), registrou-se um novo aumento, desta vez de 493,35% no total exportado.  Além disso, Roraima obteve um saldo superavitário referente às suas relações comerciais com outros países.

Em janeiro de 2019, foi contabilizado o montante de US$ 8.538.018 em valores de exportação. Já de importação, US$ 2.758.545, fazendo com o que o saldo fosse de US$ 5.779.473.

O resultado também representou um crescimento, quando comparado com o ano passado. “Ao compararmos o valor apresentado na balança do mês de janeiro de 2019 com o mesmo período no ano de 2018, registra-se um aumento de 115,10%”, informou a Fier.

EXPORTAÇÃO – Segundo a Fier, o principal produto exportado por Roraima continua sendo a soja para a China, com uma percentual de 46,47% do total de exportações do Estado. Logo em seguida, está a exportação do ouro para a Índia, com 32,59%.

Os demais produtos exportados são o açúcar (3,49%); preparações para lavagem (3,20%); arroz (3,16%); preparações alimentícias de farinhas, grumos, sêmolas, amidos, féculas ou extratos de malte (3,10%); sabões (1,93%); papel higiênico (1,25%) e preparações alimentícias não especificadas nem compreendidas noutras posições (0,72%). Os países compradores de todos os produtos são a Venezuela e Guiana, creditadas em conjunto.

Por último, aparece a exportação de bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor e elevadores de líquidos (0,50%), desta vez, somente para a Venezuela.

Volume de importação também cresce em Roraima

Os dados de importação da balança comercial do Estado em janeiro de 2019 mostram que Roraima totalizou um valor de US$ 2.758.545 referente às aquisições de produtos oriundos de outros países.

Em comparação com o valor de importações no mesmo período no ano de 2018 (US$ 1.786.396), houve um crescimento de 35%, ou seja, o Estado adquiriu mais produtos oriundos do exterior. Já na comparação com o ano passado, o crescimento é ainda maior. O montante representa um aumento de 63,85% quando comparado com o valor de dezembro de 2018 (US$ 1.683.601).

O principal produto importado por Roraima são aviões e outros veículos aéreos de peso dos Estados Unidos, que representa 82,26% de todas as importações do Estado. Em segundo lugar, estão as partes e acessórios de veículos da China (3,10%); aparelhos de ar-condicionado do tipo split-system também da China (3,02%); pneus novos, de borracha novamente da China (2,55%) e construções pré-fabricadas da Venezuela (1,66%).

BALANÇA COMERCIAL – O relatório é elaborado pelo Centro Internacional de Negócios de Roraima (CIN/Fier), com base em dados do sistema para extração de relatórios personalizados sobre os dados do comércio exterior brasileiro (ComexStat), Secretaria do Comércio Exterior (Secex) e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço (MDIC).

Segundo a instituição, a balança comercial do Estado é definida a partir da comparação entre o montante gerado pelas exportações e importações, sendo registrado o saldo a partir da diferença entre as operações.

“A expectativa é de que se obtenha um volume maior de vendas dos nossos produtos para o mercado exterior e que haja menos aquisições de produtos provenientes de outros países”, afirma a Fier.

“Em termos simplificados, espera-se que a economia local seja cada vez mais autossuficiente e que a compra de seus insumos dependa menos dos fornecedores estrangeiros, de forma a fortalecer a competitividade do Estado e do País”, completou a federação. (P.C.)