Cotidiano

Você na Folha debate Prostituição Infantil

O Parque Anauá foi revitalizado e recebe todos os dias um público cada vez maior por ser uma área excelente para práticas esportivas e de lazer. Mas um perigo tem sido alertado: casos de prostituição infantil, em especial no fim da tarde e à noite. O mais grave é que, mesmo com inúmeras denúncias, as autoridades não têm feito nada para coibir essa prática. A Folha foi às ruas saber o que a população pensa sobre a falta de fiscalização e segurança em casos que envolvam prostituição como os ocorridos dentro do Parque Anauá.

Lindete Silva, 36 anos, dona de casa (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“É triste ouvir mais notícias de casos de abusos sexuais que envolvam crianças. É um absurdo que o símbolo da pureza seja afetado pela maldade e descaso do Poder Público, porque a prostituição é, sim, assunto do governo. Falta fiscalização para buscar a raiz do problema. Adultos façam o que quiser com suas vidas, mas a criança não. Criança só não é criança quando tem um adulto negligente por trás.”

Maria Eduarda Siqueira, 19 anos, recepcionista (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Infelizmente, a prostituição tem ocorrido em muitos pontos da cidade de Boa Vista. Faltam fiscais responsáveis em garantir os direitos básicos dessas crianças. A Praça do Mirandinha é outro ponto de prostituição que ocorre à luz do dia e com a presença de famílias. Tem algo muito errado com o mundo.”

Sheyla Lima, 42 anos, empresária (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Falta conhecimento por parte dos pais e responsáveis. É necessário trabalhar valores familiares e orientar o melhor possível as crianças. Nossas crianças precisam saber que existem adultos com péssimas intenções. Não é suficiente explorar o tema sexualidade somente em escolas e esperar que a fiscalização tome conta de tudo. Pais, orientem e cuidem de seus filhos!”

Júlio Cesar, 30 anos, funcionário público (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Faltam políticas de inclusão para ocupar crianças em estado tão vulnerável. A fiscalização é, sim, importante, mas a criança sem base familiar, sem orientações vai procurar caminhos que garantam a sua sobrevivência.”

Rômulo Costa, 34 anos, assessor parlamentar (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Nosso Estado se encontra tão abandonado pelo Poder Público que todas as áreas estão sendo afetadas. Cadê a fiscalização? A questão da prostituição quando envolve crianças é um assunto muito doloroso. Existem casos de famílias que até incentivam a prática como um meio normal de ganhar dinheiro. Criança não trabalha e, pior ainda, criança não se prostitui!”

Lucas Ramos, 24 anos, atendente de restaurante (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Prostituição é um assunto que não deveria envolver crianças e adolescentes. O certo é que fossem privadas de contatos precoces da maldade humana. A situação é muito grave. Fiscalização é importante, mas o apoio e orientação familiar são bases para preservar a inocência.”