Cotidiano

Você na Folha debate Fiscalização Ambiental

Folha conversou com as pessoas sobre o que acham do último desastre em Brumadinho (MG) e se concordam com flexibilização de fiscalização

FABRÍCIO ARAÚJO

Colaborador da Folha

Após três anos do desastre da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, vemos um caso similar se repetir em Brumadinho, no mesmo Estado, numa barragem administrada pela multinacional Vale, assim como vemos o atual governo federal pensar em flexibilizar a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A Folha conversou com as pessoas sobre o que acham do último desastre e se concordam que deva haver a flexibilização de fiscalização.

Fábio Viera Leite, 48 anos, montador de balança (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Olha, o que acho é que falta fiscalização no Brasil inteiro e os governantes estão só roubando, embolsando dinheiro e se esquecendo de fazer a vistoria corretamente. Eu sou favorável à flexibilização porque às vezes tem muita fiscalização só para ganhar, mas trabalhando tem muito pouco”.

Francisco Eduardo Alves Cordeiro, 21 anos, estudante de jornalismo (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu acho que isso reflete muito na má gestão que há dentro dessas empresas, que muitas vezes fingem se preocupar com as questões de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, assim como a falta de fiscalização com seriedade. Eu acho que flexibilizar a fiscalização prejudicaria mais as pessoas que estão próximas a essas empresas, pois já não há uma boa fiscalização e se diminuir, pode piorar”.

Jesus Henrique, 24 anos, barbeiro (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“É gente que não quer o bem de outras pessoas, são empresas que não procuram fazer o seu melhor, que não desejam uma vida melhor para os outros. Não concordo com a diminuição de fiscalização não. Se isso for feito, tudo pode mudar e não sabemos como ficará. A situação pode ficar ainda pior”.

Zumira Santos, 33 anos, comerciante (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“É um caos para todas as famílias que perdem os familiares, também é constrangedor porque nunca vai apagar da mente das pessoas. É uma falta de competência. Se for para a melhora do País, eu concordo sim com a flexibilização da fiscalização, mas só se for para melhorar. Acho que é mais culpa de pessoas incompetentes que colocam para trabalhar”.

Millie Brashen, 19 anos, estudante de ciências biológicas (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Sobre esse tipo de caso, acredito que as pessoas deviam ser mais conscientes de como elas fazem as coisas. Aquela barragem eu soube que foi negligência da empresa e antes disto teria uma vistoria, mas parece que as vistorias não foram feitas da maneira correta e acho que deveriam se preocupar com as pessoas que moram ao redor. Eu acho que não se deve flexibilizar porque já está desse jeito, imagina se ficar do jeito que as empresas quiserem”.

Juvelinda Monteiro da Silva, 38 anos, professora (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Acho que precisa de mais análises, de mais estudos para que as obras sejam bem feitas, porque vimos uma tragédia que é muito difícil lidar para todo o Brasil. É preciso ter muita responsabilidade com isso. Acho que não se deve flexibilizar porque é preciso ter acesso a como está sendo feito e não reduzir cada vez mais”.

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