Cotidiano

Você na Folha debate Desemprego

O desemprego e a falta de oportunidades ainda são problemas a serem combatidos pelos futuros governantes. Sem emprego, a economia não cresce e isso tira a estabilidade das famílias. A Folha foi às ruas saber das pessoas se elas ou alguém da família está desempregada e o que tem feito para conseguir emprego.

Clemildes Pereira, 68 anos, aposentada (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Tenho nove filhos, e somente um se encontra empregado. Morei na Venezuela cerca de 40 anos e agora, que retornei para cá, vejo que a situação não é a mesma, o número de desemprego aumentou bastante. Geralmente meus filhos entregam currículos nas lojas e comércios. Para ter alguma renda eles acabam fazendo bicos e diárias, o que não é muita coisa, mas é sempre bem vindo”

Alexandro Rego, 38 anos, entregador (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“O meu irmão está desempregado e, apesar de entregar currículos pela cidade, ainda não surgiu nenhuma oportunidade. Foi justamente pela falta de emprego que ele decidiu estudar para realizar a prova do concurso da Polícia Militar. O foco dele agora é se tornar concursado, o que é bom, pois hoje em dia essa é uma das únicas formas de garantir uma renda fixa”

Henrique Campos, 21 anos, estudante (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu estou desempregado. Há três anos, entrego meus currículos em lojas e mercados, mas até hoje nenhuma oportunidade surgiu para mim. Trabalhei um ano como garçom, porém depois disso nunca mais conseguir um trabalho. A situação realmente está muito triste. Sempre que surge alguma empresa aqui em Boa Vista, procuro vagas. O importante é não desistir de lutar”

Genilson Lima, 35 anos, office boy (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Existem pessoas da minha família desempregadas. Geralmente eles entregam currículos nos locais e procuram se qualificar, fazendo cursos e especialidades em certas áreas. Pessoas próximas de mim estão estudando para realizar o concurso da PM, é uma forma de driblar o desemprego”

Luane Paulo, 21 anos, desempregada (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Alguns parentes meus estão desempregados. Geralmente as pessoas falam que os desempregados não querem trabalhar, mas eu discordo disso, pois a situação realmente está precária e, por mais que as pessoas procurem, não há vaga disponível no mercado. Para não ficarem sem renda nenhuma, alguns familiares procuram fazer diárias e bicos para obter algum tipo de renda”

Jéssica Mirelly, 27 anos, entrevistadora social (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Conheço muitas pessoas que estão desempregadas e que para tentar conseguir um emprego, deixam currículos nos lugares, mas a falta realmente está muito grande. Acredito que o fluxo de imigrantes piorou a nossa situação. Por mais que as pessoas estejam indo atrás, não há espaço para mais ninguém. Essa é a triste realidade do nosso Estado”